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Associação entre Terapia com Estatinas e Menor Incidência de Hiperglicemia em Pacientes Internados com Síndromes Coronarianas Agudas

FUNDAMENTO: O maior risco de se desenvolver diabetes com o uso de estatinas é um desafio para a segurança do uso dessa classe de medicamentos em longo prazo. No entanto, poucos estudos analisaram essa questão durante síndromes coronarianas agudas (SCA). OBJETIVOS: Investigar a associação entre iníci...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Furtado, Remo Holanda de Mendonça, Genestreti, Paulo Rizzo, Dalçóquio, Talia F., Baracioli, Luciano Moreira, Lima, Felipe Galego, Franci, André, Giraldez, Roberto R. C. V., Menezes, Fernando R., Ferrari, Aline Gehlen, Lima, Viviane Moreira, Pereira, Cesar A. C., Nakashima, Carlos Alberto Kenji, Salsoso, Rocio, Godoy, Lucas Colombo, Nicolau, José C.
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC 2021
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7909967/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33656078
http://dx.doi.org/10.36660/abc.20200128
Descripción
Sumario:FUNDAMENTO: O maior risco de se desenvolver diabetes com o uso de estatinas é um desafio para a segurança do uso dessa classe de medicamentos em longo prazo. No entanto, poucos estudos analisaram essa questão durante síndromes coronarianas agudas (SCA). OBJETIVOS: Investigar a associação entre início precoce da terapia com estatina e níveis de glicemia em pacientes admitidos com SCA. MÉTODOS: Este foi um estudo retrospectivo de pacientes hospitalizados por SCA. Pacientes que nunca haviam usado estatinas foram incluídos e divididos segundo uso ou não de estatina nas primeiras 24 horas de internação. O desfecho primário foi a incidência de hiperglicemia na internação (definida como pico de glicemia > 200mg/dL). Modelos de regressão logística e modelos lineares multivariados foram usados para ajuste quanto a fatores de confusão e um modelo de pareamento por escore de propensão foi desenvolvido para comparações entre os dois grupos de interesses. Um valor de p menor que 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS: Um total de 2357 pacientes foram incluídos, 1704 deles alocados no grupo que receberam estatinas e 653 no grupo que não receberam estatinas nas primeiras 24 horas de internação. Após os ajustes, uso de estatina nas primeiras 24 horas foi associado com uma menor incidência de hiperglicemia durante a internação (OR ajustado = 0,61, IC95% 0,46-0,80; p < 0,001) e menor necessidade de uso de insulina (OR ajustado = 0,56, IC 95% 0,41-0,76; p < 0,001). Essas associações mantiveram-se similares nos modelos de pareamento por escore de propensão, bem como após análises de sensibilidade, como exclusão de pacientes que desenvolveram choque cardiogênico, infecção grave ou pacientes que foram a óbito durante a internação hospitalar. CONCLUSÕES: Entre os pacientes internados com SCA que não receberam estatinas previamente, a terapia precoce com estatina associou-se independentemente com menor incidência de hiperglicemia durante a internação. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):285-294)