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COVID-19 e Injúria Miocárdica em UTI Brasileira: Alta Incidência e Maior Risco de Mortalidade Intra-Hospitalar

FUNDAMENTOS: A incidência de injúria miocárdica (IM) em pacientes com COVID-19 no Brasil é pouco conhecida e o impacto prognóstico da IM, mal elucidado. OBJETIVOS: Descrever a incidência de IM em pacientes com COVID-19 em unidade de terapia intensiva (UTI) e identificar variáveis associadas à sua oc...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Nascimento, Jorge Henrique Paiter, da Costa, Rafael Lessa, Simvoulidis, Luiz Fernando Nogueira, de Pinho, João Carlos, Pereira, Roberta Santos, Porto, Andrea Dornelles, Silva, Eduardo Costa de Freiras, Oliveira, Liszt Palmeira, Ramos, Max Rogerio Freitas, de Oliveira, Gláucia Maria Moraes
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC 2021
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7909969/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33470333
http://dx.doi.org/10.36660/abc.20200671
Descripción
Sumario:FUNDAMENTOS: A incidência de injúria miocárdica (IM) em pacientes com COVID-19 no Brasil é pouco conhecida e o impacto prognóstico da IM, mal elucidado. OBJETIVOS: Descrever a incidência de IM em pacientes com COVID-19 em unidade de terapia intensiva (UTI) e identificar variáveis associadas à sua ocorrência. O objetivo secundário foi avaliar a troponina I ultrassensível (US) como preditor de mortalidade intra-hospitalar. MÉTODOS: Estudo observacional, retrospectivo, entre março e abril de 2020, com casos confirmados de COVID-19 internados em UTI. Variáveis numéricas foram comparadas com teste t de Student ou U de Mann-Whitney, sendo o teste X2 empregado para as categóricas. Realizou-se análise multivariada com as variáveis associadas à IM e p<0,2 objetivando determinar preditores de IM. Curva ROC foi empregada para determinar o valor da troponina capaz de predizer maior mortalidade intra-hospitalar. Funções de sobrevida foram estimadas pelo método de Kaplan-Meier a partir do ponto de corte apontado pela curva ROC. RESULTADOS: Este estudo avaliou 61 pacientes (63,9% do sexo masculino, média de idade de 66,1±15,5 anos). A IM esteve presente em 36% dos casos. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) [RC 1,198; IC95%: 2,246-37,665] e índice de massa corporal (IMC) [RC 1,143; IC95%: 1,013-1,289] foram preditores independentes de risco. Troponina I US >48,3 ng/ml, valor determinado pela curva ROC, prediz maior mortalidade intra-hospitalar [AUC 0,786; p<0,05]. A sobrevida no grupo com troponina I US >48,3 ng/ml foi inferior à do grupo com valores ≤48,3 ng/dl [20,3 x 43,5 dias, respectivamente; p<0,05]. CONCLUSÃO: Observou-se alta incidência de IM na COVID-19 grave com impacto em maior mortalidade intra-hospitalar. HAS e IMC foram preditores independentes de risco de sua ocorrência. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)