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Efetividade e Segurança da Remoção de Cabos-Eletrodos Transvenosos de Marca-Passos e Desfibriladores Implantáveis no Cenário da Prática Clínica Real

FUNDAMENTO: Remoção de cabos-eletrodos de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI) é procedimento pouco frequente e sua realização exige longo treinamento profissional e infraestrutura adequada. OBJETIVOS: Avaliar a efetividade e a segurança da remoção de cabos-eletrodos de DCEI e dete...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Costa, Roberto, da Silva, Katia Regina, Crevelari, Elizabeth Sartori, Nascimento, Wagner Tadeu Jurevicius, Nagumo, Marcia Mitie, Martinelli, Martino, Jatene, Fabio Biscegli
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC 2020
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8133723/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33470310
http://dx.doi.org/10.36660/abc.20200476
Descripción
Sumario:FUNDAMENTO: Remoção de cabos-eletrodos de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI) é procedimento pouco frequente e sua realização exige longo treinamento profissional e infraestrutura adequada. OBJETIVOS: Avaliar a efetividade e a segurança da remoção de cabos-eletrodos de DCEI e determinar fatores de risco para complicações cirúrgicas e mortalidade em 30 dias. MÉTODOS: Estudo prospectivo com dados derivados da prática clínica. De janeiro/2014 a abril/2020, foram incluídos, consecutivamente, 365 pacientes submetidos à remoção de cabos-eletrodos, independentemente da indicação e técnica cirúrgica utilizada. Os desfechos primários foram: taxa de sucesso do procedimento, taxa combinada de complicações maiores e morte intraoperatória. Os desfechos secundários foram: fatores de risco para complicações intraoperatórias maiores e morte em 30 dias. Empregou-se análise univariada e multivariada, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: A taxa de sucesso do procedimento foi de 96,7%, sendo 90,1% de sucesso completo e 6,6% de sucesso clínico. Complicações maiores intraoperatórias ocorreram em 15 (4,1%) pacientes. Fatores preditores de complicações maiores foram: tempo de implante dos cabos-eletrodos ≥ 7 anos (OR= 3,78, p= 0,046) e mudança de estratégia cirúrgica (OR= 5,30, p= 0,023). Classe funcional III-IV (OR= 6,98, p<0,001), insuficiência renal (OR= 5,75, p=0,001), infecção no DCEI (OR= 13,30, p<0,001), número de procedimentos realizados (OR= 77,32, p<0,001) e complicações maiores intraoperatórias (OR= 38,84, p<0,001) foram fatores preditores para mortalidade em 30 dias. CONCLUSÕES: Os resultados desse estudo, que é o maior registro prospectivo de remoção de cabos-eletrodos da América Latina, confirmam a segurança e a efetividade desse procedimento no cenário da prática clínica real. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1114-1124)