Cargando…

O Tratamento Medicamentoso Habitual é Suficiente para Manter o Controle da Frequência Cardíaca nos Pacientes com Insuficiência Cardíaca?

FUNDAMENTO: Estudos revelam que pacientes com insuficiência cardíaca (IC) e frequência cardíaca (FC) <70 batimentos por minuto (bpm) evoluem melhor e têm menor morbimortalidade em comparação com FC >70. Entretanto, muitos pacientes com IC mantêm FC elevada. OBJETIVO: Avaliar se os pacientes ac...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Cardoso, Juliano, de Espíndola, Mateus Dressler, Cunha, Mauricio, Netto, Enock, Cardoso, Cristina, Novaes, Milena, Del Carlo, Carlos Henrique, Brancalhão, Euler, Name, Alessandro Lyra, Barretto, Antonio Carlos Pereira
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC 2020
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8133726/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33470302
http://dx.doi.org/10.36660/abc.20190090
_version_ 1783695107852075008
author Cardoso, Juliano
de Espíndola, Mateus Dressler
Cunha, Mauricio
Netto, Enock
Cardoso, Cristina
Novaes, Milena
Del Carlo, Carlos Henrique
Brancalhão, Euler
Name, Alessandro Lyra
Barretto, Antonio Carlos Pereira
author_facet Cardoso, Juliano
de Espíndola, Mateus Dressler
Cunha, Mauricio
Netto, Enock
Cardoso, Cristina
Novaes, Milena
Del Carlo, Carlos Henrique
Brancalhão, Euler
Name, Alessandro Lyra
Barretto, Antonio Carlos Pereira
author_sort Cardoso, Juliano
collection PubMed
description FUNDAMENTO: Estudos revelam que pacientes com insuficiência cardíaca (IC) e frequência cardíaca (FC) <70 batimentos por minuto (bpm) evoluem melhor e têm menor morbimortalidade em comparação com FC >70. Entretanto, muitos pacientes com IC mantêm FC elevada. OBJETIVO: Avaliar se os pacientes acompanhados em ambulatório de cardiologia têm sua FC controlada e como estava a prescrição dos medicamentos que reduzem a mortalidade na IC. MÉTODOS: Foram analisados de forma consecutiva pacientes que passaram em consulta e que já acompanhavam em ambulatório de cardiologia, idade > 18 anos e com diagnóstico de IC e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) <45%. Os pacientes em ritmo sinusal foram divididos em dois grupos: FC ≤70 bpm (G1) e FC >70 bpm (G2). Na análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Qui-quadrado. Foi considerado significante p <0,05. Utilizamos o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para análise. RESULTADOS: Foram avaliados 212 pacientes de forma consecutiva. Destes, 41 (19,3%) apresentavam fibrilação atrial ou eram portadores de marca-passo e foram excluídos desta análise; assim, 171 pacientes foram analisados. Os pacientes em ritmo sinusal tinham idade média de 63,80 anos (±11,77), sendo 59,6% homens e FEVE média de 36,64% (±7,79). Com relação à etiologia, a isquêmica estava presente em 102 pacientes (59,65%), enquanto a cardiopatia chagásica em 17 pacientes (9,9%); 131 pacientes eram hipertensos (76,6%), enquanto 63 pacientes (36,84%) eram diabéticos. Quanto à FC, 101 pacientes apresentaram FC ≤70 bpm (59,06%) G1 e 70 pacientes (40,93%) FC >70 bpm (G2). A FC média no G1 foi de 61,53 bpm (±5,26) e no G2, 81,76 bpm (±9,52), p <0,001. A quase totalidade dos pacientes (98,8%) estava sendo tratada com carvedilol prescrito na dose média de 42,14 mg/dia (±18,55) no G1 versus 42,48 mg/dia (±21,14) no G2, p=0,911. A digoxina foi utilizada em 5,9% dos pacientes no G1 versus 8,5% no G2, p=0,510. A dose média de digoxina no G1 foi de 0,19 mg/dia (±0,06) e no G2 foi de 0,19 mg/dia (±0,06), p=0,999. A maioria dos pacientes (87,72%) utilizou o inibidor da enzima de conversão da angiotensina (IECA) ou bloqueador do receptor da angiotensina (BRA), e 56,72% utilizaram espironolactona. A dose média de enalapril foi de 28,86 mg/dia (±12,68) e de BRA foi de 87,80 mg/dia (±29,80). A maioria dos pacientes utilizou IECA ou BRA e com doses adequadas. CONCLUSÃO: O estudo revelou que 40,93% dos pacientes estavam com FC acima de 70 bpm, apesar de o betabloqueador ter sido prescrito para praticamente todos os pacientes e em doses elevadas. Outras medidas precisam ser adotadas para manter a FC mais controlada nesse grupo de frequência mais elevada. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1063-1069)
format Online
Article
Text
id pubmed-8133726
institution National Center for Biotechnology Information
language English
publishDate 2020
publisher Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
record_format MEDLINE/PubMed
spelling pubmed-81337262021-05-27 O Tratamento Medicamentoso Habitual é Suficiente para Manter o Controle da Frequência Cardíaca nos Pacientes com Insuficiência Cardíaca? Cardoso, Juliano de Espíndola, Mateus Dressler Cunha, Mauricio Netto, Enock Cardoso, Cristina Novaes, Milena Del Carlo, Carlos Henrique Brancalhão, Euler Name, Alessandro Lyra Barretto, Antonio Carlos Pereira Arq Bras Cardiol Artigo Original FUNDAMENTO: Estudos revelam que pacientes com insuficiência cardíaca (IC) e frequência cardíaca (FC) <70 batimentos por minuto (bpm) evoluem melhor e têm menor morbimortalidade em comparação com FC >70. Entretanto, muitos pacientes com IC mantêm FC elevada. OBJETIVO: Avaliar se os pacientes acompanhados em ambulatório de cardiologia têm sua FC controlada e como estava a prescrição dos medicamentos que reduzem a mortalidade na IC. MÉTODOS: Foram analisados de forma consecutiva pacientes que passaram em consulta e que já acompanhavam em ambulatório de cardiologia, idade > 18 anos e com diagnóstico de IC e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) <45%. Os pacientes em ritmo sinusal foram divididos em dois grupos: FC ≤70 bpm (G1) e FC >70 bpm (G2). Na análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Qui-quadrado. Foi considerado significante p <0,05. Utilizamos o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para análise. RESULTADOS: Foram avaliados 212 pacientes de forma consecutiva. Destes, 41 (19,3%) apresentavam fibrilação atrial ou eram portadores de marca-passo e foram excluídos desta análise; assim, 171 pacientes foram analisados. Os pacientes em ritmo sinusal tinham idade média de 63,80 anos (±11,77), sendo 59,6% homens e FEVE média de 36,64% (±7,79). Com relação à etiologia, a isquêmica estava presente em 102 pacientes (59,65%), enquanto a cardiopatia chagásica em 17 pacientes (9,9%); 131 pacientes eram hipertensos (76,6%), enquanto 63 pacientes (36,84%) eram diabéticos. Quanto à FC, 101 pacientes apresentaram FC ≤70 bpm (59,06%) G1 e 70 pacientes (40,93%) FC >70 bpm (G2). A FC média no G1 foi de 61,53 bpm (±5,26) e no G2, 81,76 bpm (±9,52), p <0,001. A quase totalidade dos pacientes (98,8%) estava sendo tratada com carvedilol prescrito na dose média de 42,14 mg/dia (±18,55) no G1 versus 42,48 mg/dia (±21,14) no G2, p=0,911. A digoxina foi utilizada em 5,9% dos pacientes no G1 versus 8,5% no G2, p=0,510. A dose média de digoxina no G1 foi de 0,19 mg/dia (±0,06) e no G2 foi de 0,19 mg/dia (±0,06), p=0,999. A maioria dos pacientes (87,72%) utilizou o inibidor da enzima de conversão da angiotensina (IECA) ou bloqueador do receptor da angiotensina (BRA), e 56,72% utilizaram espironolactona. A dose média de enalapril foi de 28,86 mg/dia (±12,68) e de BRA foi de 87,80 mg/dia (±29,80). A maioria dos pacientes utilizou IECA ou BRA e com doses adequadas. CONCLUSÃO: O estudo revelou que 40,93% dos pacientes estavam com FC acima de 70 bpm, apesar de o betabloqueador ter sido prescrito para praticamente todos os pacientes e em doses elevadas. Outras medidas precisam ser adotadas para manter a FC mais controlada nesse grupo de frequência mais elevada. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1063-1069) Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC 2020-12-01 /pmc/articles/PMC8133726/ /pubmed/33470302 http://dx.doi.org/10.36660/abc.20190090 Text en https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution Non-Commercial License, which permits unrestricted non-commercial use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
spellingShingle Artigo Original
Cardoso, Juliano
de Espíndola, Mateus Dressler
Cunha, Mauricio
Netto, Enock
Cardoso, Cristina
Novaes, Milena
Del Carlo, Carlos Henrique
Brancalhão, Euler
Name, Alessandro Lyra
Barretto, Antonio Carlos Pereira
O Tratamento Medicamentoso Habitual é Suficiente para Manter o Controle da Frequência Cardíaca nos Pacientes com Insuficiência Cardíaca?
title O Tratamento Medicamentoso Habitual é Suficiente para Manter o Controle da Frequência Cardíaca nos Pacientes com Insuficiência Cardíaca?
title_full O Tratamento Medicamentoso Habitual é Suficiente para Manter o Controle da Frequência Cardíaca nos Pacientes com Insuficiência Cardíaca?
title_fullStr O Tratamento Medicamentoso Habitual é Suficiente para Manter o Controle da Frequência Cardíaca nos Pacientes com Insuficiência Cardíaca?
title_full_unstemmed O Tratamento Medicamentoso Habitual é Suficiente para Manter o Controle da Frequência Cardíaca nos Pacientes com Insuficiência Cardíaca?
title_short O Tratamento Medicamentoso Habitual é Suficiente para Manter o Controle da Frequência Cardíaca nos Pacientes com Insuficiência Cardíaca?
title_sort o tratamento medicamentoso habitual é suficiente para manter o controle da frequência cardíaca nos pacientes com insuficiência cardíaca?
topic Artigo Original
url https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8133726/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33470302
http://dx.doi.org/10.36660/abc.20190090
work_keys_str_mv AT cardosojuliano otratamentomedicamentosohabitualesuficienteparamanterocontroledafrequenciacardiacanospacientescominsuficienciacardiaca
AT deespindolamateusdressler otratamentomedicamentosohabitualesuficienteparamanterocontroledafrequenciacardiacanospacientescominsuficienciacardiaca
AT cunhamauricio otratamentomedicamentosohabitualesuficienteparamanterocontroledafrequenciacardiacanospacientescominsuficienciacardiaca
AT nettoenock otratamentomedicamentosohabitualesuficienteparamanterocontroledafrequenciacardiacanospacientescominsuficienciacardiaca
AT cardosocristina otratamentomedicamentosohabitualesuficienteparamanterocontroledafrequenciacardiacanospacientescominsuficienciacardiaca
AT novaesmilena otratamentomedicamentosohabitualesuficienteparamanterocontroledafrequenciacardiacanospacientescominsuficienciacardiaca
AT delcarlocarloshenrique otratamentomedicamentosohabitualesuficienteparamanterocontroledafrequenciacardiacanospacientescominsuficienciacardiaca
AT brancalhaoeuler otratamentomedicamentosohabitualesuficienteparamanterocontroledafrequenciacardiacanospacientescominsuficienciacardiaca
AT namealessandrolyra otratamentomedicamentosohabitualesuficienteparamanterocontroledafrequenciacardiacanospacientescominsuficienciacardiaca
AT barrettoantoniocarlospereira otratamentomedicamentosohabitualesuficienteparamanterocontroledafrequenciacardiacanospacientescominsuficienciacardiaca