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O Impacto da Aptidão Cardiorrespiratória no Paradoxo da Obesidade em Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida
FUNDAMENTO: Índice de massa corporal (IMC) elevado tem sido associado a desfechos melhores em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Este achado tem levado ao conceito do paradoxo da obesidade. OBJETIVO: Investigar o impacto de tolerância ao exercício e capacidade cardio...
Autores principales: | , , , , , , |
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Formato: | Online Artículo Texto |
Lenguaje: | English |
Publicado: |
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
2020
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8386967/ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33111862 http://dx.doi.org/10.36660/abc.20190337 |
Sumario: | FUNDAMENTO: Índice de massa corporal (IMC) elevado tem sido associado a desfechos melhores em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Este achado tem levado ao conceito do paradoxo da obesidade. OBJETIVO: Investigar o impacto de tolerância ao exercício e capacidade cardiorrespiratória no paradoxo da obesidade. MÉTODO: Pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca sintomática e fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) ≤ 40%, acompanhados no nosso centro, foram prospectivamente submetidos à avaliação abrangente de linha de base incluindo parâmetros clínicos, laboratoriais, eletrocardiográficos, ecocardiográficos e de exercício cardiopulmonar. A população do estudo foi dividida de acordo com o IMC (< 25, 25 – 29,9 e ≥ 30 kg/m(2)). Todos os pacientes foram acompanhados durante 60 meses. O desfecho composto foi definido como morte cardíaca, transplante cardíaco urgente ou necessidade de suporte circulatório mecânico. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos. RESULTADOS: Dos 282 pacientes incluídos (75% masculino, 54 ± 12 anos, IMC 27 ± 4 kg/m(2), FEVE 27% ± 7%), o desfecho composto ocorreu em 24,4% durante o acompanhamento. Os pacientes com IMC elevado eram mais velhos e apresentavam FEVE e níveis séricos de sódio mais elevados, bem como menor inclinação de eficiência ventilatória (VE/VCO(2)). VE/VCO(2) e consumo de oxigênio de pico (VO(2)p) eram fortes preditores prognósticos (p < 0,001). Na análise univariada de regressão de Cox, o IMC elevado foi associado a desfechos melhores (razão de risco 0,940, intervalo de confiança 0,886 – 0,998, p 0,042). Porém, após ajustar para ou inclinação VE/VCO(2) ou VO(2)p, o papel protetor do IMC sumiu. O benefício de sobrevida do IMC não foi evidente quando os pacientes foram agrupados de acordo com a classe de aptidão cardiorrespiratória (VE/VCO(2), valor de corte de 35, e VO(2)p, valor de corte de 14 mL/kg/min). CONCLUSÃO: Estes resultados sugerem que a aptidão cardiorrespiratória supera a relação entre o IMC e a sobrevida em pacientes com insuficiência cardíaca. |
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