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O Impacto da Aptidão Cardiorrespiratória no Paradoxo da Obesidade em Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida
FUNDAMENTO: Índice de massa corporal (IMC) elevado tem sido associado a desfechos melhores em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Este achado tem levado ao conceito do paradoxo da obesidade. OBJETIVO: Investigar o impacto de tolerância ao exercício e capacidade cardio...
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Formato: | Online Artículo Texto |
Lenguaje: | English |
Publicado: |
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
2020
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Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8386967/ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33111862 http://dx.doi.org/10.36660/abc.20190337 |
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author | Moreira, Rita Ilhão Silva, Tiago Pereira Gonçalves, António Valentim Feliciano, Joana Rio, Pedro Soares, Rui Ferreira, Rui Cruz |
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description | FUNDAMENTO: Índice de massa corporal (IMC) elevado tem sido associado a desfechos melhores em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Este achado tem levado ao conceito do paradoxo da obesidade. OBJETIVO: Investigar o impacto de tolerância ao exercício e capacidade cardiorrespiratória no paradoxo da obesidade. MÉTODO: Pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca sintomática e fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) ≤ 40%, acompanhados no nosso centro, foram prospectivamente submetidos à avaliação abrangente de linha de base incluindo parâmetros clínicos, laboratoriais, eletrocardiográficos, ecocardiográficos e de exercício cardiopulmonar. A população do estudo foi dividida de acordo com o IMC (< 25, 25 – 29,9 e ≥ 30 kg/m(2)). Todos os pacientes foram acompanhados durante 60 meses. O desfecho composto foi definido como morte cardíaca, transplante cardíaco urgente ou necessidade de suporte circulatório mecânico. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos. RESULTADOS: Dos 282 pacientes incluídos (75% masculino, 54 ± 12 anos, IMC 27 ± 4 kg/m(2), FEVE 27% ± 7%), o desfecho composto ocorreu em 24,4% durante o acompanhamento. Os pacientes com IMC elevado eram mais velhos e apresentavam FEVE e níveis séricos de sódio mais elevados, bem como menor inclinação de eficiência ventilatória (VE/VCO(2)). VE/VCO(2) e consumo de oxigênio de pico (VO(2)p) eram fortes preditores prognósticos (p < 0,001). Na análise univariada de regressão de Cox, o IMC elevado foi associado a desfechos melhores (razão de risco 0,940, intervalo de confiança 0,886 – 0,998, p 0,042). Porém, após ajustar para ou inclinação VE/VCO(2) ou VO(2)p, o papel protetor do IMC sumiu. O benefício de sobrevida do IMC não foi evidente quando os pacientes foram agrupados de acordo com a classe de aptidão cardiorrespiratória (VE/VCO(2), valor de corte de 35, e VO(2)p, valor de corte de 14 mL/kg/min). CONCLUSÃO: Estes resultados sugerem que a aptidão cardiorrespiratória supera a relação entre o IMC e a sobrevida em pacientes com insuficiência cardíaca. |
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publisher | Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC |
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spelling | pubmed-83869672021-08-27 O Impacto da Aptidão Cardiorrespiratória no Paradoxo da Obesidade em Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida Moreira, Rita Ilhão Silva, Tiago Pereira Gonçalves, António Valentim Feliciano, Joana Rio, Pedro Soares, Rui Ferreira, Rui Cruz Arq Bras Cardiol Artigo Original FUNDAMENTO: Índice de massa corporal (IMC) elevado tem sido associado a desfechos melhores em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Este achado tem levado ao conceito do paradoxo da obesidade. OBJETIVO: Investigar o impacto de tolerância ao exercício e capacidade cardiorrespiratória no paradoxo da obesidade. MÉTODO: Pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca sintomática e fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) ≤ 40%, acompanhados no nosso centro, foram prospectivamente submetidos à avaliação abrangente de linha de base incluindo parâmetros clínicos, laboratoriais, eletrocardiográficos, ecocardiográficos e de exercício cardiopulmonar. A população do estudo foi dividida de acordo com o IMC (< 25, 25 – 29,9 e ≥ 30 kg/m(2)). Todos os pacientes foram acompanhados durante 60 meses. O desfecho composto foi definido como morte cardíaca, transplante cardíaco urgente ou necessidade de suporte circulatório mecânico. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos. RESULTADOS: Dos 282 pacientes incluídos (75% masculino, 54 ± 12 anos, IMC 27 ± 4 kg/m(2), FEVE 27% ± 7%), o desfecho composto ocorreu em 24,4% durante o acompanhamento. Os pacientes com IMC elevado eram mais velhos e apresentavam FEVE e níveis séricos de sódio mais elevados, bem como menor inclinação de eficiência ventilatória (VE/VCO(2)). VE/VCO(2) e consumo de oxigênio de pico (VO(2)p) eram fortes preditores prognósticos (p < 0,001). Na análise univariada de regressão de Cox, o IMC elevado foi associado a desfechos melhores (razão de risco 0,940, intervalo de confiança 0,886 – 0,998, p 0,042). Porém, após ajustar para ou inclinação VE/VCO(2) ou VO(2)p, o papel protetor do IMC sumiu. O benefício de sobrevida do IMC não foi evidente quando os pacientes foram agrupados de acordo com a classe de aptidão cardiorrespiratória (VE/VCO(2), valor de corte de 35, e VO(2)p, valor de corte de 14 mL/kg/min). CONCLUSÃO: Estes resultados sugerem que a aptidão cardiorrespiratória supera a relação entre o IMC e a sobrevida em pacientes com insuficiência cardíaca. Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC 2020-10-13 /pmc/articles/PMC8386967/ /pubmed/33111862 http://dx.doi.org/10.36660/abc.20190337 Text en https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/This is an open-access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License |
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