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O IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NO PERFIL CIRÚRGICO E GERENCIAMENTO DO ESTOQUE MÍNIMO DE HEMOCOMPONENTES

OBJETIVOS: Monitorar o impacto da Pandemia de COVID-19 nas transfusões no centro cirúrgico, para gestão de estoque de hemocomponentes e redefinição de estoque de segurança. MATERIAL E MÉTODOS: Analisamos as cirurgias realizadas em 2 hospitais particulares na cidade do Rio de Janeiro.O perfil dos pro...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Pires, KT, Guimarães, P, Pilato, J, Monteiro, B, Dalmazzo, L
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2021
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8530559/
http://dx.doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.643
Descripción
Sumario:OBJETIVOS: Monitorar o impacto da Pandemia de COVID-19 nas transfusões no centro cirúrgico, para gestão de estoque de hemocomponentes e redefinição de estoque de segurança. MATERIAL E MÉTODOS: Analisamos as cirurgias realizadas em 2 hospitais particulares na cidade do Rio de Janeiro.O perfil dos procedimentos (eletivos ou emergência),as bolsas movimentadas foram acompanhados através de indicadores.Consideramos dados pré pandemia o período de janeiro de 2017 até fevereiro de 2020, e período de pandemia de março de 2020 até Dezembro de 2020. RESULTADOS: Hospital 1 – 166 leitos, 9 salas de cirurgias de alta complexidade. Durante o período de 2017 a 2019 realizou média de 545 cirurgias/mês, 10% das cirurgias com reserva de hemocomponentes,75% eletivas e 25% emergência. A média de bolsas movimentas/mês foi de 178, utilizadas de 10%. Iniciou 2020 com meta de realizar 600 cirurgias/mês, atingindo 392 cirurgias/mês. Nos meses de abril, maio, junho de 2020 obteve os menores valores de cirurgias realizadas nos últimos 5 anos com 60% de emergências e 40% eletivas. Em 2020 tivemos uma média de 124 bolsas movimentadas/mês, utilizadas 10%. Considerando apenas os 3 meses com menor número de cirurgias,movimentamos uma média de 79 bolsas/mês, com utilização de 13%. As transfusões realizadas no centro cirúrgico representaram cerca de 10% das realizadas no hospital durante o período pré-pandemia e cerca de 4% das transfusões durante a Pandemia. Tivemos um aumento de 18% no total de transfusões no hospital. Hospital 2 – 202 leitos, 11 salas para cirurgias de alta complexidade. Durante o período de 2017 a 2019 foram realizadas uma média de 641 cirurgias/mês, 80% eletivas e 20% emergência. A média de bolsas movimentas/mês de 345, com utilização de 30%.Iniciou 2020 com meta definida de realizar 900 cirurgias/mês,atingindo média de 480 cirurgias/mês, com 276 bolsas movimentadas e com 60% de utilização. Nos meses de abril, maio, junho de 2020 obteve os menores valores de cirurgias realizadas nos últimos 5 anos e 20% eletivas e 80% de emergência. Considerando apenas os 3 meses com menor número de cirurgias,foram movimentadas uma média de 228 bolsas/mês, com utilização de 71%.Apesar da movimentação menor de bolsas, a utilização foi maior.As transfusões realizadas no centro cirúrgico representaram cerca de 8% das transfusões no hospital, nos dois períodos. Tivemos um aumento de 3% no total de transfusões realizadas no hospital. DISCUSSÃO: Os hospitais apresentaram um aumento de bolsas transfundidas durante o ano de 2020, com diminuição no número de procedimentos realizados em comparação com anos anteriores, gerando uma queda de bolsas movimentadas. No Hospital 2 apesar da queda de bolsas movimentadas, apresentou um aumento do percentual de utilização, com incremento de bolsas transfundidas em centro cirúrgico. No Hospital 1, a queda de bolsas movimentadas foi acompanhada por uma queda no total de bolsas transfundidas em centro cirúrgico, mesmo nos meses onde as cirurgias de emergências foram mais prevalentes. Os hospitais apresentaram um aumento de bolsas trasnfundidas no ano de 2020. No Hospital 1 houve queda de bolsas transfundidas no centro cirúrgico, já no Hospital 2 houve aumento. Mesmo com essa demanda, foi possível assegurar o atendimento, com menos bolsas em estoque para reservas. CONCLUSÃO: O monitoramento em cada hospital com controle diário de estoque e acompanhamento das mudanças de número de cirurgias e perfil, foi de fundamental importância para gestão com definição de novo quantitativo mínimo baseado no padrão de consumo na Pandemia.