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INCIDÊNCIA DE COVID-19 EM PACIENTES ONCOLÓGICOS EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO
INTRODUÇÃO: A COVID-19 é uma infecção causada pelo vírus SARS-CoV-2, descrita no final de 2019, que ocasionou uma pandemia devido à sua alta transmissibilidade. Em geral, cursa sem alterações clínicas ou com sintomas leves, porém em 5-10% dos casos pode causar quadros graves, inclusive com óbito. Ma...
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Formato: | Online Artículo Texto |
Lenguaje: | English |
Publicado: |
Published by Elsevier Editora Ltda.
2021
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8530587/ http://dx.doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.922 |
Sumario: | INTRODUÇÃO: A COVID-19 é uma infecção causada pelo vírus SARS-CoV-2, descrita no final de 2019, que ocasionou uma pandemia devido à sua alta transmissibilidade. Em geral, cursa sem alterações clínicas ou com sintomas leves, porém em 5-10% dos casos pode causar quadros graves, inclusive com óbito. Manifestações críticas parecem mais comuns em indivíduos com comorbidades como hipertensão arterial sistêmica e obesidade. Entretanto, como a descrição da doença é recente, há poucos estudos que esclareçam sua história natural e o grande espectro de manifestações clínicas. Considerando que indivíduos com neoplasia maligna apresentam deficiência imunológica e maior risco de doenças infeciosas oportunistas, é possível que haja uma maior incidência da COVID-19 nesse grupo. As recomendações atuais orientam adiar tratamentos e utilizar drogas menos tóxicas quando possível. Entretanto não sabemos o quanto tais medidas terão implicações na mortalidade por câncer. Além disso a incidência de COVID-19 nessa população ainda não é conhecida. Não se sabe se os sintomas infecciosos são um bom parâmetro para motivar mudanças terapêuticas ou se há benefício em testar indivíduos assintomáticos. OBJETIVOS: Determinar a incidência de infecção por SARS-CoV-2 por meio de RT-PCR em pacientes com neoplasias malignas em quimioterapia. Em paralelo, verificar a evolução do quadro clínico dos pacientes infectados e determinar o impacto do screening no tratamento destes pacientes. MÉTODOS: Realizou-se o RT-PCR para o SARS-COV-2 em uma coorte prospectiva de 100 pacientes adultos portadores de câncer em tratamento quimioterápico no serviço de Hematologia e no serviço de Oncologia do Hospital das Clínicas da FMRP-USP e assintomáticos para COVID-19. Além disso, foram coletados dados clínicos de seus prontuários eletrônicos através de questionários no REDCap. A análise estatística foi realizada com o software Graphpad Prism versão 9. RESULTADOS: Apenas dois pacientes foram diagnosticados com COVID-19. Um deles desenvolveu sintomas, mas nenhum apresentou manifestações graves. Os dois apresentavam diagnóstico de neoplasia maligna gastrointestinal. Nenhum fazia uso de profilaxias infecciosas. Ambos tiveram seus tratamentos postergados inicialmente e reiniciados após o período apropriado de isolamento. DISCUSSÃO: O presente estudo encontrou uma incidência de COVID-19 de 2% (IC 95% 0,5-7%) em pacientes assintomáticos com câncer em quimioterapia, que pode ser considerada como baixa. A incidência nessa população relatada na literatura varia de 0,72% a 8%, o que pode se justificar pelas diferentes incidências locais e pela adoção de medidas preventivas. CONCLUSÃO: Diante do número reduzido de casos positivos detectados, acreditamos que seja razoável não testar todos os pacientes em um contexto de saúde pública, priorizando aqueles com sintomas, aqueles com contato recente com casos suspeitos e aqueles com maior chance de desfecho grave, como os portadores de neoplasias hematológicas, desde que as medidas preventivas sejam corretamente adotadas. |
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