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IDENTIFICAÇÃO DE ANTICORPOS IRREGULARES EM PACIENTES ATENDIDOS NA AGÊNCIA TRANSFUSIONAL DO HEMOCENTRO REGIONAL DE SANTA MARIA DURANTE O PERÍODO DE PANDEMIA DE COVID-19
OBJETIVOS: Investigar os anticorpos irregulares (AI) mais prevalentes em pacientes atendidos na Agência Transfusional do Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM) durante o período de pandemia do COVID-19. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo realizado pela coleta...
Autores principales: | , , , , , |
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Formato: | Online Artículo Texto |
Lenguaje: | English |
Publicado: |
Published by Elsevier Editora Ltda.
2021
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8530601/ http://dx.doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.545 |
Sumario: | OBJETIVOS: Investigar os anticorpos irregulares (AI) mais prevalentes em pacientes atendidos na Agência Transfusional do Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM) durante o período de pandemia do COVID-19. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo realizado pela coleta de informações dos arquivos da Agência Transfusional e do Laboratório de Imunohematologia do HEMOSM, durante o período de fevereiro/2020 a julho/2021. RESULTADOS: Neste período foram contabilizados 15 pacientes com o resultado positivo na Pesquisa de Anticorpos Irregulares (PAI) no HEMOSM, sendo 10 mulheres e 5 homens. Dentre os pacientes com PAI positivo, foram detectados 10 anticorpos diferentes. Alguns pacientes apresentaram mais de um anticorpo identificado na pesquisa. Os anticorpos mais prevalentes foram Anti-D (n = 3), Anti-E (n = 3) e Anti-Kell-1 (n = 3), seguidos de Anti-C (n = 2), Anti-c (n = 2), enquanto os demais anticorpos foram identificados somente uma vez, sendo eles Anti-M, Anti-S, Anti-s, Anti-Lea e Anti-Lua. A identificação dos anticorpos não foi possível para 4 dos pacientes em razão dos ensaios de autocontrole e/ou Coombs direto apresentarem reação positiva, situações que dificultam a identificação de AI. DISCUSSÃO: Anticorpos irregulares contra antígenos eritrocitários são produzidos no organismo em razão da exposição a um antígeno não próprio, seja por transfusão sanguínea, gestação ou abortos espontâneos. Alguns AI podem ter origem natural, a exemplo do Anti-M e Anti-E, não necessariamente tendo sido produzidos por uma das situações citadas anteriormente (origem imune). A predominância dos anticorpos Anti-D, Anti-E e Anti-Kell-1 nos receptores tem ligação direta com a imunogenicidade e a velocidade de indução da formação de anticorpos voltados contra esses antígenos. Os anticorpos mais prevalentes neste estudo também são aqueles de maior importância clínica em casos incompatibilidade materno fetal e podem causar a eritroblastose fetal (EF) ou a doença hemolítica do recém-nascido (DHRN). Destaca-se, neste sentido, que a presença de AI foi maior em pacientes do sexo feminino. Nestes casos, em uma primeira gestação pode ocorrer a sensibilização da gestante a antígenos que o recém-nascido apresenta em suas hemácias (diferentes dos maternos), podendo não haver manifestação clínica alguma. Porém, em futuras gestações, com novo quadro de incompatibilidade materno fetal se apresentando, anticorpos da classe IgG maternos podem atravessar a barreira placentária e provocar hemólise no feto ou recém-nascido, ou seja, situação em que ocorre as manifestações clínicas da EF e DHRN. CONCLUSÃO: Através deste estudo, é possível compreender a prevalência dos AI entre os pacientes atendidos e comprovar a importância da PAI. Apesar de ser um dos testes pré-transfusionais obrigatórios pela legislação brasileira, é indispensável que a PAI seja executada de maneira correta, seguida da identificação dos AI, implicando diretamente na prevenção de reações transfusionais e em novas ocorrências de sensibilização, especialmente em pacientes politransfundidos. |
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