Cargando…

DOADORES DE SANGUE DO HEMOCENTRO REGIONAL DE SANTA MARIA COM SOROLOGIA REAGENTE OU INCONCLUSIVA PARA HTLV I/II DURANTE O PERÍODO DA PANDEMIA DE COVID-19

OBJETIVOS: Analisar o número de doadores de sangue do Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM) que apresentaram sorologia reagente ou inconclusiva para infecção por HTLV I/II durante o período da pandemia de COVID-19. MATERIAIS E MÉTODOS: Esta pesquisa é um estudo observacional retrospectivo real...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Santos, MG, Perdigão, KLV, Birrer, CA, Dorneles, BL, Mendes, NB, Segala, Z, Schimites, PG
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2021
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8530614/
http://dx.doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.706
Descripción
Sumario:OBJETIVOS: Analisar o número de doadores de sangue do Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM) que apresentaram sorologia reagente ou inconclusiva para infecção por HTLV I/II durante o período da pandemia de COVID-19. MATERIAIS E MÉTODOS: Esta pesquisa é um estudo observacional retrospectivo realizado a partir da coleta de dados do Sistema HEMOVIDA (Sistema Nacional de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia) e dos arquivos do Laboratório de Sorologia do HEMOSM durante o período de fevereiro/2020 a julho/2021. A amostra empregada nos ensaios foi o soro dos doadores e a técnica de análise foi a eletroquimioluminescência. RESULTADOS: O número total de doadores que apresentaram resultado de sorologia reagente ou inconclusiva para a infecção por HTLV I/II foi de 13 doadores, os quais tiveram todos os seus hemocomponentes descartados. Nessa triagem sorológica, 2 doadores tiveram resultados reagentes e 11 inconclusivos. Destes 13 doadores, 10 são do sexo masculino e apenas 3 do sexo feminino. Além disso, houve 2 casos de coinfecção por sífilis. DISCUSSÃO: O HTLV (vírus T-linfotrópico humano) é um vírus, da mesma família do HIV, que infecta células muito importantes para a resposta imunológica, os linfócitos T. Os dois principais tipos desse vírus são o HTLV-I e o HTLV-II. O subtipo I está relacionado a doenças neurológicas graves e degenerativas e doenças hematológicas, como o linfoma de células T do adulto, enquanto o subtipo II está associado à tricoleucemia de células T. A maioria das pessoas infectadas pelo vírus não desenvolve sintomas ao longo da vida, mantendo, desta forma, uma cadeia de transmissão silenciosa. A transmissão do HTLV se dá por meio do contato com sangue ou outros fluidos corporais de uma pessoa infectada, podendo ser transmitido de forma vertical (de mãe para o filho), pela relação sexual desprotegida ou por meio de uma transfusão sanguínea advinda de um doador infectado, sendo este último motivo a razão pela qual esta doença integra a triagem sorológica para doadores de sangue. Do total de bolsas desprezadas em razão de sorologia reagente ou indeterminada (295 unidades de sangue total no mesmo período) a pesquisa de marcador sorológico para o HTLV I/II representou apenas 4,4% dos descartes. Assim sendo, o HTLV foi a menor causa de descartes relativos à triagem sorológica, mas esta observação não implica na diminuição da importância dessa pesquisa para a garantia da segurança transfusional. Tendo em vista o momento em que nos encontramos, é compreensível que haja insegurança com relação à exposição social para doar sangue, porém é preciso que o trabalho realizado pelos hemocentros continue (com protocolos de segurança) e para isso, é necessária a solidariedade da população para manter os estoques de sangue em níveis adequados. A sorologia reagente ou indeterminada de um doador implica no descarte de todos os componentes sanguíneos produzidos a partir da sua doação, contribuindo para a diminuição dos estoques em um momento em que já há a redução de doações. CONCLUSÃO: Dessa forma, faz-se de suma importância a conscientização sobre a prevenção dessa doença (e de quaisquer outras doenças transmissíveis pelo sangue) visando tanto a saúde e bem-estar do doador, quanto a garantia do uso de sua doação de forma segura para transfusões em pacientes nos serviços de saúde.