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ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE FATORES DEMOGRÁFICOS E TIPAGEM SANGUÍNEA ABO NA FORMAÇÃO DE ANTICORPOS IGG DE DOADORES DE PLASMA CONVALESCENTE DE COVID-19 NO BRASIL
INTRODUÇÃO: O benefício do uso precoce de plasma convalescente com altos títulos de anticorpos neutralizantes contra o Sars-Cov-2 vem sendo descrito. É necessário esclarecer a influência de fatores demográficos e tipagem ABO na formação destes anticorpos. OBJETIVO: Caracterizar, com base nos aspecto...
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Formato: | Online Artículo Texto |
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Publicado: |
Published by Elsevier Editora Ltda.
2021
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Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8530615/ http://dx.doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.897 |
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author | Oliveira, EAF Souza, AM Dalmazzo, LFF Madeira, MIA Vieira, FC Vieira, SD |
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description | INTRODUÇÃO: O benefício do uso precoce de plasma convalescente com altos títulos de anticorpos neutralizantes contra o Sars-Cov-2 vem sendo descrito. É necessário esclarecer a influência de fatores demográficos e tipagem ABO na formação destes anticorpos. OBJETIVO: Caracterizar, com base nos aspectos demográficos e tipagem ABO, a população de doadores de plasma convalescente no Brasil e avaliar se tais fatores podem influenciar na formação de anticorpos IgG contra COVID19. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo observacional e retrospectivo, realizado através da análise de dados demográficos etipagem ABO de 1.789 doações de plasma convalescente de sangue total no Brasil feitas entre 04/2020 a 07/2021. Os dados foram correlacionados com a formação de anticorpos IgG contra COVID19. Utilizou-se 3 testes para detecção de anticorpos: qualitativo IgG, substituído pelos da Abbott e Roche, aprovados pelo FDA para qualificação de plasma com altos títulos de anticorpos. RESULTADOS: Encontramos nos 1.789 doadores de plasma convalescente: idade entre 17 e 69 anos. 60,4% homens, 73% brancos, 18% pardos, 7% pretos. Tipagem sanguínea: O (46%), A (39%), B (11%) e AB (4%). Dados semelhantes ao grupo controle de 5.415 doadores de sangue no mesmo período (O: 49%, A: 37%, B: 11% e AB: 3%). 82% dos 1.789 doadores apresentaram anticorpos IgG no momento da doação. Da análise isolada dos grupos demográficos, não houve diferença significativa na incidência de anticorpos comparada à população geral estudada: mulheres (83%), homens (81%), idade entre 17 e 39 anos (81%), 40 e 59 anos (83%), 60-69 anos (84%), branco (82%) e pardo (84%). Demais raças desconsideradas pelo reduzido tamanho da amostragem. Não houve diferença na comparação do percentual de formação de anticorpos IgG entre cada grupo sanguíneo e a população geral do estudo: O - 81%, A - 84%, B - 79% e AB - 74%, sendo o último desconsiderado pelo reduzido tamanho da amostra. DISCUSSÃO: A resposta imunológica contra Sars-Cov-2 é heterogênea. Estudo chinês relatou que 30% dos pacientes não desenvolvem títulos suficientes de anticorpos neutralizantes após infecção. 18% dos nossos doadores não formaram anticorpos IgG, porém, não se pode afirmar que 82% produziram anticorpos neutralizantes de títulos altos pois a maior parte das doações do estudo foi liberada pelo teste qualitativo IgG adotado antes do uso dos testes da Abbott e Roche correlacionados com atividade de neutralização viral. O tempo e severidade da doença parecem estar fortemente ligados à resposta humoral, porém não foi possível analisá-los pela dificuldade na obtenção de dados. Aspectos demográficos, apesar de menos estabelecidos na literatura, podem estar relacionados com a formação de anticorpos contra coronavírus. Estudos correlacionaram idade avançada e sexo masculino com maior presença de anticorpos IgG e neutralizantes, talvez justificada pelo risco aumentado de doença grave nestes grupos, dado não constatado no nosso estudo. A tipagem ABO pode ter importância na imunopatogênese da doença, com os tipos O e B menos suscetíveis à infecção e o tipo A mais propenso à infecção e doença grave. Não vimos diferença significativa na prevalência de tipagem sanguínea A entre o grupo de doadores de plasma convalescente (37%) e o grupo controle (39%). Apesar da suposta maior gravidade da doença nos pacientes com tipagem A, não houve maior incidência de anticorpos neste grupo. CONCLUSÃO: A não correlação entre tipagem ABO ou aspectos demográficos com a formação de anticorpos IgG contra Sars-Cov-2 pode decorrer da nossa limitação inicial para caracterização de anticorpos neutralizantes ou correspondentes. São necessários estudos adicionais para verificar todas as associações propostas neste trabalho. |
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MATERIAL E MÉTODOS: Estudo observacional e retrospectivo, realizado através da análise de dados demográficos etipagem ABO de 1.789 doações de plasma convalescente de sangue total no Brasil feitas entre 04/2020 a 07/2021. Os dados foram correlacionados com a formação de anticorpos IgG contra COVID19. Utilizou-se 3 testes para detecção de anticorpos: qualitativo IgG, substituído pelos da Abbott e Roche, aprovados pelo FDA para qualificação de plasma com altos títulos de anticorpos. RESULTADOS: Encontramos nos 1.789 doadores de plasma convalescente: idade entre 17 e 69 anos. 60,4% homens, 73% brancos, 18% pardos, 7% pretos. Tipagem sanguínea: O (46%), A (39%), B (11%) e AB (4%). Dados semelhantes ao grupo controle de 5.415 doadores de sangue no mesmo período (O: 49%, A: 37%, B: 11% e AB: 3%). 82% dos 1.789 doadores apresentaram anticorpos IgG no momento da doação. Da análise isolada dos grupos demográficos, não houve diferença significativa na incidência de anticorpos comparada à população geral estudada: mulheres (83%), homens (81%), idade entre 17 e 39 anos (81%), 40 e 59 anos (83%), 60-69 anos (84%), branco (82%) e pardo (84%). Demais raças desconsideradas pelo reduzido tamanho da amostragem. Não houve diferença na comparação do percentual de formação de anticorpos IgG entre cada grupo sanguíneo e a população geral do estudo: O - 81%, A - 84%, B - 79% e AB - 74%, sendo o último desconsiderado pelo reduzido tamanho da amostra. DISCUSSÃO: A resposta imunológica contra Sars-Cov-2 é heterogênea. Estudo chinês relatou que 30% dos pacientes não desenvolvem títulos suficientes de anticorpos neutralizantes após infecção. 18% dos nossos doadores não formaram anticorpos IgG, porém, não se pode afirmar que 82% produziram anticorpos neutralizantes de títulos altos pois a maior parte das doações do estudo foi liberada pelo teste qualitativo IgG adotado antes do uso dos testes da Abbott e Roche correlacionados com atividade de neutralização viral. O tempo e severidade da doença parecem estar fortemente ligados à resposta humoral, porém não foi possível analisá-los pela dificuldade na obtenção de dados. Aspectos demográficos, apesar de menos estabelecidos na literatura, podem estar relacionados com a formação de anticorpos contra coronavírus. Estudos correlacionaram idade avançada e sexo masculino com maior presença de anticorpos IgG e neutralizantes, talvez justificada pelo risco aumentado de doença grave nestes grupos, dado não constatado no nosso estudo. A tipagem ABO pode ter importância na imunopatogênese da doença, com os tipos O e B menos suscetíveis à infecção e o tipo A mais propenso à infecção e doença grave. Não vimos diferença significativa na prevalência de tipagem sanguínea A entre o grupo de doadores de plasma convalescente (37%) e o grupo controle (39%). Apesar da suposta maior gravidade da doença nos pacientes com tipagem A, não houve maior incidência de anticorpos neste grupo. CONCLUSÃO: A não correlação entre tipagem ABO ou aspectos demográficos com a formação de anticorpos IgG contra Sars-Cov-2 pode decorrer da nossa limitação inicial para caracterização de anticorpos neutralizantes ou correspondentes. São necessários estudos adicionais para verificar todas as associações propostas neste trabalho. Published by Elsevier Editora Ltda. 2021-10 2021-10-22 /pmc/articles/PMC8530615/ http://dx.doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.897 Text en Copyright © 2021 Published by Elsevier Editora Ltda. Since January 2020 Elsevier has created a COVID-19 resource centre with free information in English and Mandarin on the novel coronavirus COVID-19. The COVID-19 resource centre is hosted on Elsevier Connect, the company's public news and information website. Elsevier hereby grants permission to make all its COVID-19-related research that is available on the COVID-19 resource centre - including this research content - immediately available in PubMed Central and other publicly funded repositories, such as the WHO COVID database with rights for unrestricted research re-use and analyses in any form or by any means with acknowledgement of the original source. These permissions are granted for free by Elsevier for as long as the COVID-19 resource centre remains active. |
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