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IDENTIFICAÇÃO DE UM CASO DE LEUCEMIA EM PACIENTE COM COVID-19: RELATO DE CASO

RELATO DE CASO: Mulher, 47 anos, secretária, proveniente de uma cidade no oeste do Paraná, veio encaminhada por meio do SAMU para o Hospital do Público do Oeste do Paraná em Cascavel, devido a complicações pela Covid-19. A paciente apresentava um histórico clínico de obesidade grau II, diabetes Mell...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Stela, MVL, Barros, MF, Chaves, MAF, Shibuya, E
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2021
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8530621/
http://dx.doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.921
Descripción
Sumario:RELATO DE CASO: Mulher, 47 anos, secretária, proveniente de uma cidade no oeste do Paraná, veio encaminhada por meio do SAMU para o Hospital do Público do Oeste do Paraná em Cascavel, devido a complicações pela Covid-19. A paciente apresentava um histórico clínico de obesidade grau II, diabetes Mellitus tipo II, hipotireoidismo, ansiedade, hipertensão arterial sistêmica. A mesma, já passou por histerectomia e por consulta na União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer (UOPECCAN) para a investigação de um quadro. Até o momento da entrada no hospital, ainda não havia recebido a vacina para Covid-19. O teste para Covid-19 foi realizado na cidade onde residia a paciente, após a confirmação do diagnóstico positivo do marido. O hemograma realizado no momento da admissão, apontou uma anemia (9,7 g/dL), anisocitose (RDW 17,5%), acompanhada de leucocitose (60.850 mm³) e plaquetopenia (35.800 mm³). Também foi observado no leucograma, 22% de blastos, 5% de promielócitos, 2% mielócitos e 4 eritroblastos em 100 leucócitos contados. Outros exames laboratoriais foram realizados, sendo os que se apresentaram alterados foi a uréia (175 mg/dL), proteína C reativa (8,1 mg/dL) e desidrogenase láctica (1.993 U/L). A hipótese diagnóstica era de uma leucemia, possivelmente classificada como leucemia mielóide aguda (LMA). DISCUSSÃO: A leucemia é caracterizada pela proliferação neoplásica generalizada, ou ainda, pelo agrupamento de células hematopoiéticas e linfopoiéticas, podendo envolver o sangue periférico ou não. Podem se apresentar de diferentes tipos, como mieloide aguda, linfoide aguda, mielóide crônica ou linfoide crônica, sendo necessário para a confirmação de cada tipo os exames de mielograma, biópsia de medula óssea, citoquímica, citogenética e imunofenotipagem. Clinicamente e laboratorialmente, a LMA apresenta sintomas como fadiga e fraqueza devido quadro anêmico que pode estar instalado, febre e ou infecção com leucocitoses variáveis ainda com caracterização dos blastos, perda de peso ou perda de apetite, sangramento, epistaxe e equimoses, evidenciando a plaquetopenia. A Covid-19 por sua vez, é causada pelo novo vírus SARS-CoV-2 Os pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19 apresentavam sintomas como febre, tosse, fadiga, mialgia e perda de apetite. Em relação aos achados laboratoriais, os pacientes apresentavam hemograma com tendência a linfopenia, biomarcadores de infecção, elevado fator de citocinas inflamatórias. Em contrapartida, a grande maioria dos casos de leucemia, apresentam leucocitose, plaquetopenia e células da linhagem mielóide e linfóide, diferencial do quadro viral causado pela Covid-19. Estudos recentes e relatos de casos, evidenciam que o comprometimento do organismo durante o quadro de infecção viral pelo SARS-CoV-2, pode emergir outras patologias concomitantes e levar a um pior prognóstico. CONCLUSÃO: A paciente foi a óbito uma semana após sua entrada no HUOP, devido complicações apresentadas pelo Covid-19. Esperava-se que após receber alta, a paciente fosse encaminhada para um centro de referência do câncer para mais exames, diagnóstico confirmatório de leucemia e receber o tratamento e acompanhamento adequado.