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IMPACTO DA COVID-19 NA ROTINA DO SERVIÇO DE TRANSFUSÃO AMBULATORIAL

OBJETIVO: Demonstrar o impacto da pandemia COVID-19 no serviço de transfusão ambulatorial e as estratégias utilizadas para realização do atendimento com segurança e qualidade. MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo, observacional e transversal, que avaliou o quantitativo de transfusões sanguíneas real...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Moraes, EAS, Moura, HC, Junior, JCS, Matias, R
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2021
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8530632/
http://dx.doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.642
Descripción
Sumario:OBJETIVO: Demonstrar o impacto da pandemia COVID-19 no serviço de transfusão ambulatorial e as estratégias utilizadas para realização do atendimento com segurança e qualidade. MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo, observacional e transversal, que avaliou o quantitativo de transfusões sanguíneas realizado no ambulatório Hemato-GSH, Recife, Pernambuco, no período de janeiro a dezembro de 2019 (período pré-COVID-19) e janeiro a dezembro de 2020 (pandemia COVID-19). Os dados foram extraídos do sistema software do serviço e analisados por meio de frequências absolutas e utilização da média. RESULTADOS: No período pré-COVID-19, o ambulatório Hemato-GSH realizou 320 transfusões, que representou a média de 25 transfusões por mês. E durante a pandemia COVID-19, houve o aumento das transfusões ambulatoriais para 870, correspondendo a média mensal de 72 transfusões. Diversas ações foram realizadas com o intuito de garantir um ambiente seguro frente à pandemia COVID-19, como: uso obrigatório de máscara, com disponibilização das mesmas; demarcação de cadeiras na recepção para manutenção do distanciamento adequado; disponibilização de álcool gel; higienização periódica do local de atendimento, com foco nas cadeiras, leitos, balcões, corrimãos e maçanetas; incentivo ao agendamento dos atendimentos; limitação do quantitativo de acompanhante por paciente; relocação hospitalar para atendimento dos pacientes com quadro suspeito de virose; uso de EPIs; treinamento em Biossegurança; e readequação da escala de trabalho para menor exposição da equipe técnica. Além disso, foi realizada a manutenção de insumos críticos, através da parceria com fornecedores, com o intuito de garantir o funcionamento do serviço. DISCUSSÃO: A pandemia COVID-19 exigiu que os serviços de hemoterapia redesenhassem os cuidados no ambiente de atendimento para mitigar o risco de infecção pelo coronavírus. Ações estratégicas de prevenção implementadas foram baseadas em recomendações de autoridades internacionais e nacionais de saúde pública. Durante o período da pandemia, foi observado o aumento no quantitativo de transfusões ambulatoriais, atribuído ao maior direcionamento de pacientes para efetuar este procedimento em setor ambulatorial, minimizando riscos de infecção pelo coronavírus em ambiente hospitalar. O aumento das transfusões no ambulatório foi possível devido à implantação de medidas de segurança contra a COVID-19. Não foram encontradas publicações com a abordagem do suporte transfusional em pacientes não-hospitalares e percebe-se a predominância de trabalhos com foco na disponibilidade e distribuição do estoque de hemocomponentes e a demanda transfusional da população geral. Assegurar a continuidade do suporte transfusional para pacientes e profissionais da saúde foi uma prioridade e desafio no ambulatório Hemato-GSH e teve bons resultados. CONCLUSÃO: A pandemia de COVID-19 afetou o sistema de saúde em todos os níveis e impactou de forma importante nos serviços de hemoterapia. As ações para minimizar risco de infecção pelo coronavírus foram fundamentais para garantir a segurança de pacientes, acompanhantes e equipe técnica no setor ambulatorial. Mais estudos são necessários para avaliação da performance do suporte transfusional ambulatorial durante este período crítico.