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SOROPREVALÊNCIA DE IGG ANTI-SARS-COV-2 EM DOADORES DE SANGUE DE MINAS GERAIS
OBJETIVO: Comparar a prevalência de sorologia positiva para IgG anti-SARS-CoV-2 encontrada em doadores de sangue dos hemocentros de Minas Gerais e os dados de casos de COVID-19 confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), bem como avaliar o perfil dos doadores positivos....
Autores principales: | , , , , |
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Formato: | Online Artículo Texto |
Lenguaje: | English |
Publicado: |
Published by Elsevier Editora Ltda.
2021
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8530654/ http://dx.doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.912 |
Sumario: | OBJETIVO: Comparar a prevalência de sorologia positiva para IgG anti-SARS-CoV-2 encontrada em doadores de sangue dos hemocentros de Minas Gerais e os dados de casos de COVID-19 confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), bem como avaliar o perfil dos doadores positivos. MÉTODOS: Amostras de soro (n = 7.837) de doadores de sangue dos hemocentros de Belo Horizonte (HBH), Governador Valadares (GOV), Juiz de Fora (JFO), Montes Claros (MOC), Pouso Alegre (PAL), Uberaba (URA) e Uberlândia (UDI) no período de março a dezembro de 2020 foram testadas por quimioluminescência para IgG anti-SARS-CoV-2. A soroprevalência foi comparada à prevalência de casos acumulados de COVID-19 relatados em boletins epidemiológicos da SES-MG. RESULTADOS: Dos doadores testados, 441 (5,6%) foram positivos para IgG anti-SARS-CoV-2. Doadores do sexo masculino foram significativamente mais frequentes no grupo positivo (54,2% nos negativos vs. 61,9% nos positivos; p = 0,0019) e doadores com grupo sanguíneo O foram significativamente menos frequentes neste grupo (53,2% nos negativos vs. 46,7% nos positivos; p = 0,0096). Não houve diferença quanto à idade dos doadores nos dois grupos, nem quanto ao tipo de doação (espontânea, reposição, convocado ou doador de primeira vez). Os dados de sorologia para IgG anti-SARS-CoV-2 mostraram um aumento consistente da prevalência de amostras positivas ao longo do período avaliado em todos os hemocentros, atingindo-se níveis mais elevados especialmente a partir do mês de novembro. A soroprevalência acumulada de IgG anti-SARS-CoV-2 em doadores de sangue no período avaliado foi significativamente diferente nos hemocentros incluídos (HBH: 5,71%; GOV: 7,21%; JFO: 4,32%; MOC: 5,92%; PAL: 2,56%; UDI: 7,60%; URA: 4,28%). Comparando-se os dados encontrados àqueles reportados nos boletins epidemiológicos da SES-MG, verificou-se que a soroprevalência detectada foi maior que a prevalência de casos acumulados em 32,1% dos meses no primeiro semestre de 2020. Por outro lado, a soroprevalência foi maior que a prevalência de casos acumulados em 76,2% dos meses no segundo semestre de 2020. DISCUSSÃO: A análise da evolução da infecção por SARS-CoV-2 é muito importante para a adoção de medidas de contenção da COVID-19 e a estruturação adequada dos serviços de saúde. Entretanto, em um cenário em que a testagem em massa é impedida pela escassez de testes e pelo pouco acesso aos serviços de saúde, novas estratégias de testagem da população devem ser estudadas. Os resultados deste estudo reforçam que os dados de prevalência de COVID-19 na população de Minas Gerais estão subestimados, pois quase a totalidade dos testes foram disponibilizados para casos sintomáticos. A sorovigilância baseada em doadores de sangue é cada vez mais reconhecida como uma estratégia poderosa e de baixo custo para monitorar doenças infecciosas, incluindo a evolução de epidemias de doenças infecciosas emergentes. Este resultado parece ser especialmente mais consistente quando ocorre maior disseminação da infecção na população, pois os dados discrepantes de soroprevalência e prevalência de casos se acentuaram após o início da primeira onda de COVID-19 no Brasil (junho/2020). CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo mostram que o teste de sorologia por quimioluminescência para IgG anti-SARS-CoV-2 em doadores de sangue é uma importante ferramenta para monitorar a infecção na população. SUPORTE FINANCEIRO: Fundação HEMOMINAS, CNPq. |
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