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Pico de fluxo da tosse para predizer o resultado da extubação: uma revisão sistemática e metanálise

OBJETIVO: Avaliar a utilidade do pico de fluxo da tosse para predizer o desfecho da extubação em pacientes que obtiveram sucesso no teste de respiração espontânea. MÉTODOS: A busca cobriu as bases de dados científicos MEDLINE(®), Lilacs, Ibecs, Cinahl, SciELO, Cochrane, Scopus, Web of Science e lite...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Ferreira, Natália de Araújo, Ferreira, Arthur de Sá, Guimarães, Fernando Silva
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB 2021
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8555400/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35107557
http://dx.doi.org/10.5935/0103-507X.20210060
Descripción
Sumario:OBJETIVO: Avaliar a utilidade do pico de fluxo da tosse para predizer o desfecho da extubação em pacientes que obtiveram sucesso no teste de respiração espontânea. MÉTODOS: A busca cobriu as bases de dados científicos MEDLINE(®), Lilacs, Ibecs, Cinahl, SciELO, Cochrane, Scopus, Web of Science e literatura cinzenta. Utilizaram-se os critérios Quality Assessment of Diagnostic Accuracy Studies para avaliar a qualidade da metodologia e o risco de viés dos estudos. A heterogeneidade estatística da razão de verossimilhança (LR) e razão de chance diagnóstica (RCD) do diagnóstico foram avaliadas com utilização de gráficos em floresta, teste Q de Cochran e um gráfico crosshair summary Receiver Operating Characteristic, utilizando um modelo com múltiplos pontos de corte. RESULTADOS: Inicialmente obteve-se, nas bases de dados, um total de 3.522 referências; dentre estas, selecionaram-se para análise qualitativa 12 estudos que incluíram 1.757 participantes. Muitos estudos apresentavam um risco de viés incerto em termos da seleção de pacientes e do fluxo e tempo. Dentre os 12 estudos incluídos, sete tinham alto risco e cinco risco incerto para o item padrão de referência. O desempenho diagnóstico do pico de fluxo da tosse para o resultado da extubação foi baixo a moderado quando se consideram os resultados de todos os estudos incluídos, com +LR de 1,360 (IC95% 1,240 - 1,530), -LR de 0,218 (IC95% 0,159 - 0,293) e razão de chance diagnóstica de 6,450 (IC95% 4,490 - 9,090). Uma análise de subgrupos que incluiu somente estudos com valores de corte entre 55 e 65 L/minuto demonstrou desempenho ligeiramente melhor, porém ainda moderado. CONCLUSÃO: A avaliação do pico de fluxo da tosse, considerando valor de corte entre 55 e 65 L/minuto, pode ser útil como medida complementar antes da extubação. São necessários estudos com melhor delineamento para elucidar o melhor método e equipamento para registrar o pico de fluxo da tosse, assim como o melhor ponto de corte.