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CETOACIDOSE EUGLICÊMICA EM GRÁVIDAS COM COVID-19: DOIS RELATOS DE CASO
INTRODUÇÃO: Mulheres grávidas e puérperas estão sob risco maior para desenvolvimento de doença grave pelo SARS-CoV-2. Além de comprometimento respiratório, estão sujeitas a complicações obstétricas e outras manifestações atípicas. Apresentamos dois casos de gestantes com COVID-19 e cetoacidose eugli...
Autores principales: | , , , , , , , |
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Formato: | Online Artículo Texto |
Lenguaje: | English |
Publicado: |
Published by Elsevier Editora Ltda.
2022
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8829166/ http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2021.102019 |
Sumario: | INTRODUÇÃO: Mulheres grávidas e puérperas estão sob risco maior para desenvolvimento de doença grave pelo SARS-CoV-2. Além de comprometimento respiratório, estão sujeitas a complicações obstétricas e outras manifestações atípicas. Apresentamos dois casos de gestantes com COVID-19 e cetoacidose euglicêmica. CASOS: CASO 1: Gestante de 23 anos, 35 semanas de idade gestacional, é admitida na UTI com quadro suspeito de COVID-19. À admissão, encontra-se taquipneica, taquicárdica e hipoxêmica. Gasometria arterial mostrava acidose metabólica grave com ânion gap elevado (pH = 6,81; HCO3 = 8 mEq/L; AG = 27,7 mEq/L). Glicemia de 176 mg/dL. EAS apresentava cetonuria, sem outras alterações. Após avaliação pela Obstetrícia, a paciente foi intubada e a gestação, interrompida, com indução do parto na UTI. Tratamento com solução glicosada intravenosa foi iniciado. Apresentou melhora progressiva, sendo extubada após 11 dias e tendo recebido alta após 25 dias de hospitalização. CASO 2: Gestante de 31 anos, com 31 semanas de idade gestacional, foi admitida na unidade por quadro de febre, congestão nasal, fadiga e dispneia com uma semana de evolução. À admissão, estava discretamente taquipneica, mas sem dessaturação em ar ambiente. Gasometria arterial mostrava acidose metabólica com ânion gap elevado, mas com pH normal (pH = 7,36; HCO3 = 16,9 mEq/L; AG = 16,3 mEq/L). EAS apresentava cetonuria. Solução glicosada intravenosa foi administrada, com correção progressiva da acidose metabólica. A paciente evoluiu com necessidade de ventilação mecânica e de interrupção da gestação. Permaneceu 20 dias intubada, recebendo alta hospitalar após 35 dias. DISCUSSÃO: Cetoacidose euglicêmica é uma condição incomum, mais associada a situações de jejum prolongado. Outros casos de gestantes com COVID-19 que apresentaram o quadro já foram relatados. Aporte nutricional inadequado e sintomas gastrointestinais parecem ser os fatores responsáveis pelo desenvolvimento da cetoacidose em gestantes infectadas pelo SARS-CoV-2, mesmo sem outras condições predisponentes. Esses casos ilustram a necessidade de rastreio da condição e de terapia nutricional adequada durante internação, especialmente nas pacientes que necessitam de oxigenoterapia. |
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