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MIELITE TRANSVERSA E VACINA COVID-19: UMA ASSOCIAÇÃO TEMPORAL

INTRODUÇÃO: A mielite transversa (MT) geralmente é desencadeada por uma reação autoimune, devido a infecções e, possivelmente, vacinas. Na pandemia atual, há alguns relatos de casos que demonstram uma associação temporal entre a MT e a vacina COVID-19. Em seguida, pretendemos relatar um caso de MT c...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Loz, Sabrina Hafemann, da Silva, Gustavo Figueiredo, da Silva, Caroline Figueiredo, Oliveira, Raddib Eduardo Noleto da Nobrega, Silva, Felipe William Dias, Baptista, João Pedro Ribeiro, Moro, Carla Heloisa Cabral, Longo, Alexandre Luiz
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2022
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8829170/
http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2021.101803
Descripción
Sumario:INTRODUÇÃO: A mielite transversa (MT) geralmente é desencadeada por uma reação autoimune, devido a infecções e, possivelmente, vacinas. Na pandemia atual, há alguns relatos de casos que demonstram uma associação temporal entre a MT e a vacina COVID-19. Em seguida, pretendemos relatar um caso de MT com associação temporal com a vacina ChAdOx1 nCoV-19 (AZD1222, Oxford / AstraZeneca) em um hospital público brasileiro. DESCRIÇÃO DO CASO: Uma mulher de 27 anos começou com febre, dor lombar e retenção urinária três semanas após a primeira dose da vacina ChAdOx1 nCoV-19. Dois dias depois, teve diminuição da força de membros inferiores associada a parestesias de extremidades distais. No hospital, houve progressão da fraqueza associada à anestesia em T4-L1. Na ressonância magnética, houve achados sugestivos de desmielinização e inflamação aguda. A análise do LCR mostrou pleocitose monomorfonuclear, aumento da proteína e diminuição da glicose. A coloração de Gram, a pesquisa de bandas oligoclonais, aquaporina-4 e triagem para agentes infecciosos e doença do tecido conjuntivo foram todas negativas. Durante o tratamento, ela recebeu 5 dias de pulsoterapia com metilprednisolona, aciclovir e sete sessões de plasmaférese. Apesar de todos os tratamentos, ela persistiu com plegia de membros inferiores, arreflexia e anestesia ao nível de T4. Recebeu alta com plano mensal de ciclofosfamida e acompanhamento ambulatorial. COMENTÁRIOS: Na ausência de outras causas, o diagnóstico de MT foi feito com evidências de uma possível associação temporal com a vacina ChAdOx1 nCoV-19. É importante enfatizar que é apenas uma associação temporal e os benefícios da vacinação continuam a superar o risco da MT.