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COVID-19 SE APRESENTANDO COMO UMA DOENÇA EXANTEMÁTICA: UM RELATO DE CASO
Desde o início da pandemia do COVID-19, a maioria dos estudos focou em adultos sintomáticos. A caracterização das manifestações clínicas e laboratoriais na população pediátrica é essencial para orientar o cuidado desses pacientes para predizer a gravidade da doença e determinar o prognóstico. Ao con...
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Publicado: |
Published by Elsevier Editora Ltda.
2022
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Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8829212/ http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2021.101790 |
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author | Aragão, Matheus Todt dos Santos Júnior, Eusébio Lino Ataide, Tainah Dantas Neto, José Seabra Alves Aragão, Nathalia Vasconcelos Barroso Todt |
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description | Desde o início da pandemia do COVID-19, a maioria dos estudos focou em adultos sintomáticos. A caracterização das manifestações clínicas e laboratoriais na população pediátrica é essencial para orientar o cuidado desses pacientes para predizer a gravidade da doença e determinar o prognóstico. Ao contrário do que é observado em adultos, a maioria das crianças apresenta condições leves e muitas vezes são assintomáticas. As erupções cutâneas são caracterizadas por eritema agudo, rapidamente progressivo, geralmente de curta duração. São manifestações usuais de diversas doenças relacionadas à infância, desde causas infecciosas, até indeterminadas. As infecções virais são uma das principais causas de erupção cutânea em crianças. Neste relato será descrito o caso de uma criança com rash cutâneo inespecífico secundário ao COVID. Menina de 3 anos, hígida, sem alergias nem uso de medicamentos ou exposições importantes, iniciou febre alta com astenia importante há 3 dias, sem sintomas respiratórios ou diarreia. Após a defervescência, surgiu rash cutâneo maculopapular pruriginoso difuso. Na investigação de doença exantemática, foi solicitada RT-PCR para SARS-CoV-2, cujo resultado foi detectável. A paciente recebeu sintomáticos e cerca de seis dias depois teve melhora das lesões cutâneas. Crianças com COVID-19 geralmente apresentam manifestações mais leves, possivelmente devido à subexpressão da enzima conversora de angiotensina (ECA). Dentre os sinais possíveis, lesões dermatológicas estão inclusas. Os mecanismos fisiopatológicos que potencialmente explicam tais achados são uma resposta de hipersensibilidade ao vírus, liberação de citocinas, deposição de microtrombos e vasculite. Em um estudo italiano, 44% dos pacientes desenvolveram lesões cutâneas. Estas são geralmente autolimitadas e não necessariamente ligadas à pior evolução. O diagnóstico diferencial é difícil e inclui outras doenças virais, alergias e farmacodermias. O conhecimento de que a COVID-19 também produz repercussões extrapulmonares subsidia o reconhecimento das manifestações dermatológicas. A população pediátrica costuma apresentar sintomas leves e o aparecimento da erupção não se mostra um indicativo de gravidade. Portanto, a identificação e diferenciação das afecções exantemáticas em crianças decorrentes do COVID-19, embora pouco frequentes, são relevantes, pois essa população pode representar uma fonte de alta transmissibilidade. |
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