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CORRELAÇÃO CLÍNICA COM REATIVIDADE IMUNE APÓS INFECÇÃO LEVE A MODERADA POR COVID-19 EM UMA COORTE DE TRABALHADORES DA SAÚDE

INTRODUÇÃO: Ainda não é completamente conhecido como a gravidade do quadro clínico da doença por coronavírus 2019 (COVID-19) se correlaciona com a resposta imune. O objetivo deste estudo foi monitorar os sintomas, a produção de anticorpos e a função pulmonar em uma coorte de profissionais de saúde p...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Gouvea, Maria da Penha Gomes, Moulaz, Isac Ribeiro, Gouveia, Thayná Martins, Lança, Karen Evelin Monlevade, Lacerda, Barbara Sthefany de Paula, Thompson, Beatriz Paoli, Mill, José Geraldo, Valim, Valéria
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2022
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8829243/
http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2021.101709
Descripción
Sumario:INTRODUÇÃO: Ainda não é completamente conhecido como a gravidade do quadro clínico da doença por coronavírus 2019 (COVID-19) se correlaciona com a resposta imune. O objetivo deste estudo foi monitorar os sintomas, a produção de anticorpos e a função pulmonar em uma coorte de profissionais de saúde por seis meses. MÉTODOS: Estudo longitudinal observacional de 69 trabalhadores da saúde do Hospital Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo (HUCAM-UFES/EBSERH) com diagnóstico de infecção por SARS-CoV-2 confirmado por RT-PCR. Análises de sorologia de anticorpos IgG e IgM, função pulmonar por espirometria e evolução clínica dos pacientes foram feitas periodicamente aos 15, 30, 45, 60, 90 e ao longo de 180 dias após o início dos sintomas para COVID-19. RESULTADOS: 69 profissionais de saúde, 40 (± 10) anos, 74% mulheres, com COVID-19 leve a moderada, foram acompanhados por 6 meses. A maioria (78,77%) tinha comorbidade e 21,74% usavam pelo menos um medicamento para doença crônica: 9 (12,3%) hipertensão, 2 (2,7%) diabetes tipo 2, 25 (36,23%) sobrepeso e 19 (27,54%) obesidade, 17,7% eram fumantes, 56,5% sedentários. O número médio de sintomas foi de 5,1 (± 2,3). Os sintomas iniciais mais comuns foram dor muscular (77%), cefaleia (75%), anosmia (70%), ageusia (64%), coriza (59%), febre (52%), tosse (52%). Após 30 dias, os pacientes mantiveram anosmia (18%), astenia (18%), adinamia (14%), dores musculares (7%) e ageusia (7%). Em relação à função pulmonar, 9,25% apresentaram padrão obstrutivo e todos se recuperam após 6 meses. A curva de sorologia IgG mostrou pico no 30º dia com valor médio de 3,25 mEq/mL, enquanto IgM teve o maior valor médio no 15º dia (7,2mEq/dL) e uma diminuição contínua nas avaliações após. De todos os participantes analisados, 18/69 (26%) não apresentaram nenhum valor reativo de IgG ou IgM em nenhuma das avaliações. Apenas 15/53 (28%) permaneceram com IgG reativa após 6 meses. Aqueles que apresentavam dor de garganta tinham 5,4 vezes mais probabilidade de apresentar IgG reativo no 180º dia, falta de ar tiveram chances aumentadas em 6 vezes. Pacientes com diarreia tinham 4 vezes mais probabilidade de ter um IgM reativo. CONCLUSÃO: Nossos achados mostram que 26% dos pacientes não apresentam formação de anticorpos pós COVID-19 leve a moderado e que apenas 28% mantém anticorpos Ig-G reativos após 6 meses. Dor de garganta e falta de ar se associaram com 5 e 6 vezes maior chance de manter anticorpos Ig-G reativos após 6 meses.