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NEUROCRIPTOCOCOSE PÓS-COVID COM EVOLUÇÃO POUCO COMUM EM PACIENTE APARENTEMENTE IMUNOCOMPETENTE: RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO: Meningite criptocóccica é uma das infecções meníngeas mais comuns em países com altas taxas de infecção pelo HIV. É uma infecção grave e fatal, provocada por duas espécies: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. que ultimamente tem se tornado mais frequente em pacientes aparentem...
Autores principales: | , , , , , , , , |
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Formato: | Online Artículo Texto |
Lenguaje: | English |
Publicado: |
Published by Elsevier Editora Ltda.
2022
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8829275/ http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2021.101820 |
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author | Fernandes, Herbert José Tanure, Sâmia Silva Ramos, Luísa Fernandes Oliveira, Karolayne Joyce de Assis, Gabriela Pacheco da Silva, Fernanda Sandrelly dos Reis Aguiar, Clara Prudente, Luisa Paschoal Ribeiro, Rafaela Maria Saliba |
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description | INTRODUÇÃO: Meningite criptocóccica é uma das infecções meníngeas mais comuns em países com altas taxas de infecção pelo HIV. É uma infecção grave e fatal, provocada por duas espécies: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. que ultimamente tem se tornado mais frequente em pacientes aparentemente imunocompetentes ou com imunossupressão iatrogênica. Tipicamente os sintomas são cefaleia, alteração de nível de consciência e a presença de meningite linfocítica no líquor. Se não abordada oportunamente, a doença progride para hipertensão intracraniana e coma. O seguinte relato de caso aborda apresentação de meningite criptococóccica em paciente aparentemente imunocompetente. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 59 anos, com antecedente de infecção pela COVID-19, sem necessidade de internação hospitalar. Três dias após o fim do isolamento respiratório, iniciou quadro de cefaleia, vômitos recorrentes e confusão mental. Procurou atendimento ambulatorial onde foram realizados ressonância magnética de encéfalo e tomografia computadorizada de crânio que não evidenciaram lesões agudas. Paciente encaminhado para hospital referência com desorientação temporal, reconhecendo figuras, mas não cenas do NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale). Na investigação pregressa relato de quadro de linfoma não-Hodgkin há 10 anos e herpes zoster há 4 meses. Anti- HIV negativo. Líquor evidenciou estruturas encapsuladas, pleocitose com 95% de linfócitos, hiperproteinorraquia, 43 mg/dL de glicose e pesquisa de antígeno criptocóccico positiva. Iniciado Anfotericina B deoxicolato, complicando com disfunção renal aguda. Completado terapia de indução com Anfotericina B complexo lipídico. Paciente seguiu em acompanhamento ambulatorial para terapia de consolidação e manutenção com fluconazol. COMENTÁRIOS: A mortalidade da neurocriptococose é elevada, podendo chegar a 60% no primeiro ano, a despeito de tratamento. Em estudo norte americano que avaliou desfecho em pacientes sem infecção pelo HIV, evidenciou mortalidade de 27%, maior inclusive que em pacientes com infecção pelo HIV. A neurocriptococose acomete principalmente indivíduos imunodeprimidos e, por isso, o paciente deste presente relato foi encaminhado para propedêutica investigativa de possível imunodeficiência primária. A boa evolução do quadro e ausência de sequelas neurológicas evidencia que o rápido reconhecimento e abordagem oportuna impactam no desfecho dessa doença. |
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spelling | pubmed-88292752022-02-10 NEUROCRIPTOCOCOSE PÓS-COVID COM EVOLUÇÃO POUCO COMUM EM PACIENTE APARENTEMENTE IMUNOCOMPETENTE: RELATO DE CASO Fernandes, Herbert José Tanure, Sâmia Silva Ramos, Luísa Fernandes Oliveira, Karolayne Joyce de Assis, Gabriela Pacheco da Silva, Fernanda Sandrelly dos Reis Aguiar, Clara Prudente, Luisa Paschoal Ribeiro, Rafaela Maria Saliba Braz J Infect Dis EP 084 INTRODUÇÃO: Meningite criptocóccica é uma das infecções meníngeas mais comuns em países com altas taxas de infecção pelo HIV. É uma infecção grave e fatal, provocada por duas espécies: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. que ultimamente tem se tornado mais frequente em pacientes aparentemente imunocompetentes ou com imunossupressão iatrogênica. Tipicamente os sintomas são cefaleia, alteração de nível de consciência e a presença de meningite linfocítica no líquor. Se não abordada oportunamente, a doença progride para hipertensão intracraniana e coma. O seguinte relato de caso aborda apresentação de meningite criptococóccica em paciente aparentemente imunocompetente. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 59 anos, com antecedente de infecção pela COVID-19, sem necessidade de internação hospitalar. Três dias após o fim do isolamento respiratório, iniciou quadro de cefaleia, vômitos recorrentes e confusão mental. Procurou atendimento ambulatorial onde foram realizados ressonância magnética de encéfalo e tomografia computadorizada de crânio que não evidenciaram lesões agudas. Paciente encaminhado para hospital referência com desorientação temporal, reconhecendo figuras, mas não cenas do NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale). Na investigação pregressa relato de quadro de linfoma não-Hodgkin há 10 anos e herpes zoster há 4 meses. Anti- HIV negativo. Líquor evidenciou estruturas encapsuladas, pleocitose com 95% de linfócitos, hiperproteinorraquia, 43 mg/dL de glicose e pesquisa de antígeno criptocóccico positiva. Iniciado Anfotericina B deoxicolato, complicando com disfunção renal aguda. Completado terapia de indução com Anfotericina B complexo lipídico. Paciente seguiu em acompanhamento ambulatorial para terapia de consolidação e manutenção com fluconazol. COMENTÁRIOS: A mortalidade da neurocriptococose é elevada, podendo chegar a 60% no primeiro ano, a despeito de tratamento. Em estudo norte americano que avaliou desfecho em pacientes sem infecção pelo HIV, evidenciou mortalidade de 27%, maior inclusive que em pacientes com infecção pelo HIV. A neurocriptococose acomete principalmente indivíduos imunodeprimidos e, por isso, o paciente deste presente relato foi encaminhado para propedêutica investigativa de possível imunodeficiência primária. A boa evolução do quadro e ausência de sequelas neurológicas evidencia que o rápido reconhecimento e abordagem oportuna impactam no desfecho dessa doença. Published by Elsevier Editora Ltda. 2022-01 2022-02-10 /pmc/articles/PMC8829275/ http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2021.101820 Text en Copyright © 2021 Published by Elsevier Editora Ltda. Since January 2020 Elsevier has created a COVID-19 resource centre with free information in English and Mandarin on the novel coronavirus COVID-19. The COVID-19 resource centre is hosted on Elsevier Connect, the company's public news and information website. Elsevier hereby grants permission to make all its COVID-19-related research that is available on the COVID-19 resource centre - including this research content - immediately available in PubMed Central and other publicly funded repositories, such as the WHO COVID database with rights for unrestricted research re-use and analyses in any form or by any means with acknowledgement of the original source. These permissions are granted for free by Elsevier for as long as the COVID-19 resource centre remains active. |
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