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PREVALÊNCIA DE AGENTES INFECCIOSOS RESPIRATÓRIOS EM ADULTOS HOSPITALIZADOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 EM 2020

INTRODUÇÃO/OBJETIVO: Apesar do predomínio do SARS-CoV-2 como etiologia das infecções virais em adultos durante o ano de 2020, outros agentes infecciosos podem fazer parte do diagnóstico diferencial. O objetivo deste estudo foi descrever a prevalência dos patógenos respiratórios em adultos internados...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Azevedo, Thaís Raupp, Kern, Luciane Beatriz, Polese-Bonatto, Márcia, Sartor, Ivaine Tais Sauthier, Varela, Fernanda Hammes, Fernandes, Ingrid Rodrigues, Zavaglia, Gabriela Oliveira, Giannini, Gabriela Luchiari Tumioto, Cordero, Elvira Alicia Aparicio, Santos, Amanda Paz, de David, Caroline Nespolo, Fazolo, Tiago, Stein, Renato T., Scotta, Marcelo Comerlato
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2022
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8829276/
http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2021.102058
Descripción
Sumario:INTRODUÇÃO/OBJETIVO: Apesar do predomínio do SARS-CoV-2 como etiologia das infecções virais em adultos durante o ano de 2020, outros agentes infecciosos podem fazer parte do diagnóstico diferencial. O objetivo deste estudo foi descrever a prevalência dos patógenos respiratórios em adultos internados em dois hospitais no sul do Brasil durante a pandemia e comparar os desfechos de gravidade na internação entre participantes com diagnóstico de COVID-19 comparado com outros agentes infecciosos. MÉTODOS: Participantes adultos (> 18 anos) hospitalizados com sinais agudos de tosse, febre ou dor de garganta foram recrutados prospectivamente entre maio e novembro de 2020, e seguidos até o final da internação. A técnica de RT-PCR foi utilizada para detecção de SARS-CoV-2 e demais agentes infecciosos. Para SARS-CoV-2 foram coletados swabs oro e nasofaríngeo bilateral tendo como alvos os genes S, N e ORF1ab. Outro swab nasofaríngeo foi coletado para realização de painel respiratório através sondas de expressão gênica que avaliou a presença de: Bordetella pertussis; Chlamydophila pneumoniae; Mycoplasma pneumoniae; adenovírus; bocavírus; coronavírus tipos HKU1, 229E, NL63 e OC43; vírus influenza A tipos H1 e H3; vírus influenza B; enterovírus; metapneumovírus; vírus parainfluenza tipos 1, 2 e 3; RSV tipos A e B; e rinovírus. Todas as amostras foram analisadas no Laboratório de Biologia Molecular do Hospital Moinhos de Vento. RESULTADOS: Foram incluídos 156 participantes, sendo a maioria homens (57,1%) com idade mediana de 58 anos. A mediana de dias de sintomas foi 8 dias. O SARS-CoV-2 foi o agente mais prevalente, sendo detectado exclusivamente em 101 (65.0%) de 156 participantes, seguido pela detecção única de rinovírus (4,0%, 6/154). A codetecção desses dois agentes ocorreu em 28 (18,0%) dos 154 participantes. Os demais patógenos (adenovírus, coronavírus HKU1 e enterovírus) foram detectados em 5 participantes. A comparação dos desfechos de gravidade (uso de oxigênio suplementar, ventilação mecânica invasiva e óbito) não apresentou diferença quanto à codetecção versus detecção exclusiva de SARS-CoV-2 (60,7% (17/28) vs 62,4% (63/101), P = 1,00; 21,4% (6/28) vs 15,8% (16/101), P = 0,57; 7,1% (2/28) vs 5,9% (6/101), P = 0,68). CONCLUSÃO: O SARS-CoV-2 foi o principal patógeno detectado seguido pelo rinovírus, com uma importante queda na detecção de outros patógenos. A detecção de rinovírus simultânea ao SARS-CoV-2 não foi associada a maior gravidade.