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O IMPACTO DA PANDEMIA POR COVID-19 NA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA PARA OS GRAM NEGATIVOS EM AMBIENTE HOSPITALAR

INTRODUÇÃO/OBJETIVO: A multirresistência bacteriana é particularmente comum em bacilos Gram-negativos (BGN), com importantes consequências clínicas quanto à sua disseminação e opções de tratamento. O objetivo deste estudo foi investigar a tendência de BGN multirresistentes (BGN-MR) em departamentos...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Desiderio, Miguel de Melo, Neto, Jose de Ribamar Barroso Juca, Reis, Felipe Barreto, Romero, Maria Gabriela de Vasconcelos, Aguiar, Marina Feitosa de Castro, Pimentel, Isaac Dantas Sales, Filho, Daniel Freire de Figueirêdo, Cavalcante, Ana Carolina Oliveira, Cavalcante, Gabriel Oliveira, Santos, Franklin, Barbosa, Larissa Pinheiro, Mota, Ariany Claúdio Lima, Coelho, Rafael Vilanova, Medeiros, Melissa Soares
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2022
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8829288/
http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2021.102257
Descripción
Sumario:INTRODUÇÃO/OBJETIVO: A multirresistência bacteriana é particularmente comum em bacilos Gram-negativos (BGN), com importantes consequências clínicas quanto à sua disseminação e opções de tratamento. O objetivo deste estudo foi investigar a tendência de BGN multirresistentes (BGN-MR) em departamentos hospitalares de alto risco, entre 2016-2021, com o intuito de detectar alterações do perfil de sensibilidade que possam ter sido impactadas pela Pandemia por Covid-19. MÉTODOS: Este é um estudo observacional retrospectivo realizado em departamentos de uma unidade terciária de saúde no Nordeste/Brasil. MDR foi definido como resistência adquirida a pelo menos um agente em três ou mais categorias de antimicrobianos. Avaliados 5 anos de perfil microbiológico que englobaram os anos de 2020 e 2021 da Pandemia. RESULTADOS: Os Gram negativos mais prevalentes da instituição são: E. coli, K. pneumoniae e P. aeruginosa. Em 2021, as hemoculturas positivas (N = 300) evidenciaram: 10,6% de P. aeruginosa, 6,3% de K. pneumoniae e 3,3% de E. coli. Nas amostras de secreção respiratória (N = 328): 36,6% de P. aeruginosa, 12,2% de K. pneumoniae e 18,9% de Acinetobacter baumannii. De 2016 a 2021 observamos, respectivamente, um decréscimo de sensibilidade para E. coli da Ciprofloxacina (50%, 74%, 73,9%, 69,2%, 59,2% e 58%), da Piperacilina/tazobactam (100%, 78%, 97,8%, 96,1%, 100% e 91,7%) e mantida sensibilidade para Ertapenem (100%, 81%, 97,7%, 97,4%, 100% e 98,8%) e Meropenem (100%, 33%, 100%, 98,7%, 100% e 98,8%). Para P. aeruginosa observamos decréscimo da sensibilidade para Amicacina (95%, 83%, 81,8%, 85,1%, 81,8% e 75,4%), Piperacilina/tazobactam (55%, 67%, 65,2%, 68%, 81,2% e 33%), Meropenem (65%, 54%, 69,5%, 55,3%, 75,7% e 37%) e polimixina B (100%, 91%, 100%, 91,7%). Para K. pneumoniae detectamos: decréscimo da sensibilidade para Amicacina (100%, 86%, 95,2%, 76,7%, 90,9% e 81,5%), Piperacilina/tazobactam (55,5%, 41%, 50%, 52%, 63,6% e 11,2%), Meropenem (77,7%, 59%, 95,2%, 63%, 87,8% e 14,2%) e polimixina B (100%, 90%, 90,9%, 76,2%). CONCLUSÃO: A pandemia pela Covid-19 teve correlação direta com aumento da resistência aos gram negativos mais prevalentes em ambientes hospitalares, particularmente na sensibilidade de P. aeruginosa e K. pneumoniae aos carbapenens e polimixina. O uso racional de antimicrobianos e políticas de controle de utilização dos mesmos são estratégias essenciais para preservar opções para o futuro.