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INFECÇÃO POR SARS-COV-2 EM VOLUNTÁRIOS DO ENSAIO CLÍNICO DA VACINA CHADOX1 NCOV-19
INTRODUÇÃO: O Brasil já administrou mais de 230 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19, com aproximadamente 40% da população totalmente vacinada. A vacina ChAdOx1 nCoV-19 é uma das principais vacinas utilizadas no país e teve o início dos seu ensaios clínicos de fase III iniciados em julho de...
Autores principales: | , , , , , , |
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Formato: | Online Artículo Texto |
Lenguaje: | English |
Publicado: |
Published by Elsevier Editora Ltda.
2022
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8829310/ http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2021.102035 |
Sumario: | INTRODUÇÃO: O Brasil já administrou mais de 230 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19, com aproximadamente 40% da população totalmente vacinada. A vacina ChAdOx1 nCoV-19 é uma das principais vacinas utilizadas no país e teve o início dos seu ensaios clínicos de fase III iniciados em julho de 2020. Estudos com anticorpos neutralizantes e o surgimento das variantes fomentaram a discussão sobre as infecções por SARS-CoV-2 em indivíduos já totalmente imunizados, assim como se haveria alteração nos padrões de carga viral e/ou maior transmissão, por conseguinte. Sendo assim, nosso objetivo foi avaliar as taxas de positividade do SARS-CoV-2 e o valor médio do Cycle Threshold (Ct) (carga viral inferida) em profissionais de saúde vacinados no ensaio clínico de fase III da vacina ChAdOx1 nCoV-19, em São Paulo, Brasil. MÉTODOS: Foi realizada uma reação de RT-qPCR (GeneFinder Kit - OSANG Healthcare, Coreia) para todos os voluntários que apresentassem febre (≥ 37,8 C) ou tosse ou falta de ar ou anosmia/ageusia a qualquer momento durante o estudo (Julho/2020 até Setembro/2021), a partir de uma coleta de Swabs de nasofaringe e orofaringe. Considerando-se resultado positivo Ct ≤ 40 para pelo menos dois genes SARS-CoV-2 (RdRp, E e N). RESULTADOS: Foram realizados 1140 testes de RT-qPCR em 707 vacinados voluntários sintomáticos, dos quais 282 foram positivos (39,8%). Destes, 130 já haviam recebido as duas doses da vacina (46%), com mais de 14 dias após a segunda. Neste grupo, o Ct variou de 11 a 39, com média de 22. A média de dias entre a administração da 2ª dose e um PCR positivo foi de 172 dias. Entre os que não tinham 2 doses, 109 era do grupo controle quando testaram positivo, com Ct variando de 13 a 30, média 23. Outros 43 tinham apenas 1 dose da vacina, com média de 35 dias entre a administração da dose e o resultado positivo. Neste grupo, a variação de Ct foi de 15 a 31, medida de 22. CONCLUSÕES: Apesar do impacto das variantes desde a segunda onda da COVID-19 e a duração dos anticorpos neutralizantes ainda ser objeto de discussão, não foram observados aumento na carga viral entre os grupos, independente das doses administradas. Ressalta-se, portanto, que independente de o indivíduo estar ou não imunizado, é necessário utilizar máscaras e praticar distanciamento, uma vez que tem potencial igual a um não vacinado para transmitir o SARS-CoV-2. |
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