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AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DAS CONDIÇÕES ADQUIRIDAS GRAVES OBSERVADAS NAS POPULAÇÕES COVID E NÃO-COVID EM CENTROS DE TERAPIA INTENSIVA COM ALTAS CODIFICADAS NA PLATAFORMA DRG BRASIL®

Condições Adquiridas (CA) são consequências de complicações ou situações clínicas indesejáveis, que não estavam presentes à admissão do paciente e que surgiram em decorrência de eventos adversos durante a internação hospitalar. A pandemia do SARS-CoV2 teve sua magnitude comparada pelo Banco Mundial...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Lara, Luciana, Pedrosa, Tania, Couto, Renato, Abreu, Ana Claudia
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2022
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8829337/
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description Condições Adquiridas (CA) são consequências de complicações ou situações clínicas indesejáveis, que não estavam presentes à admissão do paciente e que surgiram em decorrência de eventos adversos durante a internação hospitalar. A pandemia do SARS-CoV2 teve sua magnitude comparada pelo Banco Mundial à pior recessão desde a 2a Guerra Mundial, comprometendo décadas de progresso do desenvolvimento. Na saúde o impacto não poderia ser mais ameno, e a chegada desta realidade impôs mudanças nas práticas assistenciais. Se o cenário das CA antes da pandemia era preocupante, como seria a ocorrência destas em Centros de Terapia Intensiva (CTI) na população COVID? O objetivo do estudo foi avaliar as CA graves nas populações COVID e não-COVID em CTI. Trata-se de estudo transversal, descritivo, qualitativo e quantitativo, nível 1, baseado em análise de banco de dados do DRG Brasil®. Foram avaliadas 277 instituições, com 152.387 internações no total, sendo 19,5% pacientes com COVID e 80,5% pacientes não COVID. A população COVID apresentou maior prevalência de CA e dentre as condições graves, as septicemias, pneumonias, infecções do trato urinário e causadas por dispositivos vasculares foram as mais prevalentes. Na população não COVID as CA mais prevalentes foram não infecciosas. A maioria dos pacientes era do sexo masculino, 57,7% COVID e 52,7% não COVID. A média de idade COVID foi 61,7 anos, e a faixa etária mais prevalente foi de 18 e 59 anos (41%). A maioria dos pacientes COVID (88,7%) eram portadores de doenças e distúrbios respiratórios. O estudo evidenciou maior mortalidade no grupo COVID (46,8%) versus não COVID (18,4%), tendo sido a ocorrência de CA graves mais prevalente em pacientes COVID (22%) versus não COVID (12,2%). Sobre a ineficiência operacional do leito, medida que reflete desperdício de recursos hospitalares, observa-se maiores índices na população não COVID, o que pode ser em parte explicado pela maior mortalidade na categoria COVID. Condições adquiridas são eventos danosos ao paciente, muitas vezes preveníveis, resultantes de falhas nos processos assistenciais e que oneram a assistência hospitalar. O estudo reafirma que pacientes COVID apresentam piores desfechos assistenciais, e as CA graves, principalmente infecciosas, continuam sendo eventos de elevada prevalência nas instituições brasileiras, destacando a importância da análise crítica dos determinantes e a governança clínica para melhorias nos resultados junto às equipes multidisciplinares.
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