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AVALIAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO RESIST-3 PARA DETECÇÃO RÁPIDA DE CARBAPENEMASES PERANTE O CENÁRIO PANDÊMICO DA COVID-19

INTRODUÇÃO/OBJETIVO: A pandemia COVID-19 favoreceu a disseminação de bactérias multirresistentes no ambiente hospitalar levando ao aumento das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) principalmente aquelas causadas por bactérias produtoras de carbapenemases. Com a introdução de novos ant...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: de Oliveira, Susan Beatriz Batista, Saraiva, Rosa Márcia Corrêa, Furtado, Erilene Cristina da Silva, Quaresma, Ana Judith Pires Garcia
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2022
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8829352/
http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2021.102235
Descripción
Sumario:INTRODUÇÃO/OBJETIVO: A pandemia COVID-19 favoreceu a disseminação de bactérias multirresistentes no ambiente hospitalar levando ao aumento das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) principalmente aquelas causadas por bactérias produtoras de carbapenemases. Com a introdução de novos antimicrobianos, a identificação do tipo de carbapenemase torna-se fundamental para orientação da conduta terapêutica. Em contrapartida, a detecção oportuna da produção de carbapenemases ainda é uma dificuldade em muitos hospitais. Este estudo avaliou a utilização do teste imunocromatográfico na rotina laboratorial para detecção rápida de bactérias produtoras de carbapenemases. MATERIAL E MÉTODO: Foram utilizados 82 isolados bacterianos obtidos de pacientes hospitalizados, que apresentaram resistência aos carbapenêmicos. Todos os isolados foram submetidos ao teste rápido RESIST-3 O.K.N e os resultados foram comparados com a detecção dos genes blaKPC, blaNDM e blaOXA-48 por PCR. RESULTADOS: Do total de 82 isolados avaliados, 43(52,44%) foram positivos e 39 (47,56%) foram negativos no teste rápido. Dos 43 positivos, 40 foram KPC (36 K. pneumoniae, 2 K. aerogenes, 1 E. coli e 1 S. marcescens) e 3 NDM (2 K. pneumoniae e 1 K. aerogenes). Os 39 isolados negativos foram 8 P. aeruginosa, 11 A. baumannii, 3 E. coli, 1 K. aerogenes e 16 K. pneumoniae. Em relação à detecção de genes por PCR, 44 foram positivas, destas 38 foram para o gene blaKPC (34 K. pneumoniae, 2 K. aerogenes,1 S. marcescens e 1 A. baumannii); 1 para o gene blaOXA-48 isolado de P. aeruginosa, e 5 isolados positivos para o gene blaNDM (2 K. pneumoniae, 1 K. aerogenes, 1 E. coli e 1 A. baumannii). Em 38 isolados (18 K. pneumoniae, 3 E. coli, 1 K. aerogenes, 7 P. aeruginosa e 9 A. baumannii) não foram detectados os genes avaliados. Dos 36 isolados de K. pneumoniae que foram positivas para KPC no teste rápido, em 2 isolados foram detectados o genes blaNDM no PCR. Nas espécies de E. coli e A. baumannii o gene blaNDM não foi detectado no teste rápido. Para os isolados de S. marcescens e K. aerogenes não foram observados discordâncias entre os resultados do teste rápido e PCR. A produção das carbapenemases OXA-48 por P. aeruginosa e KPC por A. baumanni só foram detectadas pelo teste de PCR. CONCLUSÃO: O teste rápido mostrou-se eficaz na detecção das principais carbapenemases, no entanto, faz-se necessário a confirmação dos resultados por ensaios moleculares principalmente para as enzimas NDM e OXA-48.