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IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID 19 NAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA INFECÇÃO POR LEISHMANIOSE VISCERAL

INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 no último ano, compulsou os serviços público e privado a direcionar esforços no combate da doença, visando à diminuição da morbidade e letalidade. Assim, o isolamento e distanciamento social, foram recomendações da ONU para diminuir a transmissão e suas consequênci...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Bertollo, Denise Maria Bussoni, Soares, Márcia Maria Costa Nunes
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2022
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8829361/
http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2021.102288
Descripción
Sumario:INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 no último ano, compulsou os serviços público e privado a direcionar esforços no combate da doença, visando à diminuição da morbidade e letalidade. Assim, o isolamento e distanciamento social, foram recomendações da ONU para diminuir a transmissão e suas consequências. Dessa forma, algumas atividades relacionadas à vigilância e controle da leishmaniose visceral (LV), foram interrompidas drasticamente. OBJETIVO: Avaliar o impacto do período de pandemia da COVID-19, nas ações do programa de vigilância e controle da LV na região de São José do Rio Preto/SP. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo com base no levantamento de dados referentes ao planejamento e execução anual de inquéritos soroepidemiológico canino, como medida preventiva da incidência de casos de LV em humanos. Esta atividade é direcionada para municípios que apresentam: transmissão humana, canina e presença de vetor. Os dados de casos humanos suspeitos notificados foram obtidos por meio de registro disponível na ficha de atendimento, enviada para o laboratório de referência. RESULTADOS: A região abrange 102 municípios, destes, 58 foram preconizadas atividades anuais de inquérito sorológico canino. No início dos primeiros casos de COVID 19 no estado de São Paulo, em meados de fevereiro de 2020, cerca de 26/58 (44,8%) municípios já haviam iniciado as coletas em cães para realização do inquérito. No mês seguinte, devido ao decreto Estadual N° 64.881, de 22/3/2020, que determinou a quarentena nas administrações públicas e privadas, observou-se que 12/26 (46,2%) municípios interromperam as atividades de atendimento casa a casa, 14/26 (53,8%) mantiveram as atividades, porém, com redução do número de coletas e 32/58 (55,2%) não houve atividade dirigida ao cão e vetor. Considerando os casos suspeitos LV em humanos, observou uma diminuição gradual de notificação entre os anos de 2019, 2020 e 2021, sendo 116, 76, 41 casos notificados respectivamente. No entanto, o número de casos em cães suspeitos de LV atendidos por demanda espontânea, cresceu cerca de 82% no mesmo período. CONCLUSÃO: A mudança no perfil de atendimento e busca ativa de cães suspeitos de LV, concomitante ao aumento do número de casos atendidos por demanda espontânea, refletem a situação durante a pandemia e pode levar a aumento de casos nos próximos meses/anos. Os casos em humanos também foram afetados, demonstrando uma possível subnotificação de suspeitos de LV.