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Estratégias Econômicas e Sociais para Anticoagulação de Pacientes com Fibrilação Atrial

FUNDAMENTO: A fibrilação atrial é um problema de saúde pública associado com um risco cinco vezes maior de acidente vascular cerebral e mortalidade. A análise de custos é importante para a introdução de novas terapias, e deve ser reconsiderada em situações especiais, tais como a pandemia do coronaví...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Guerrero, Andressa Zulmira Avila, Coutinho, Enia Lucia, Ferraz, Marcos Bosi, Cirenza, Claudio, dos Santos, Marcelo Cincotto Esteves, Ferraro, José Roberto, de Paola, Angelo Amato Vincenzo
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC 2022
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8959044/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35195214
http://dx.doi.org/10.36660/abc.20200921
Descripción
Sumario:FUNDAMENTO: A fibrilação atrial é um problema de saúde pública associado com um risco cinco vezes maior de acidente vascular cerebral e mortalidade. A análise de custos é importante para a introdução de novas terapias, e deve ser reconsiderada em situações especiais, tais como a pandemia do coronavírus em 2020. OBJETIVO: Avaliar os custos (em um período de um ano) relacionados à terapia anticoagulante e a qualidade de vida de pacientes com fibrilação atrial tratados em um hospital público universitário. MÉTODOS: Os custos do paciente foram aqueles relacionados à anticoagulação e calculados pela média de custos mensais da varfarina ou de anticoagulantes orais diretos (DOACs). As despesas não médicas, como alimentação e transporte, foram calculadas a partir de dados obtidos de questionários. O questionário brasileiro SF-6D foi usado para medir a qualidade de vida. Valores p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. RESULTADOS: A população do estudo consistiu em 90 pacientes, 45 em cada braço (varfarina vs. DOACs). Os custos foram 20% mais altos no grupo dos DOACs (US$55 532,62 vs. US$46 385,88), e principalmente relacionados ao preço dos medicamentos (US$23 497,16 vs. US$1903,27). Os custos hospitalares foram mais altos no grupo da varfarina (US$31 088,41 vs $24 604,74), e relacionados às visitas ao ambulatório. Ainda, as despesas não médicas foram duas vezes maiores no grupo varfarina ($13 394,20 vs $7 430,72). A equivalência de preço entre os dois medicamentos seria alcançada por uma redução de 39% no preço dos DOACs. Não foram observadas diferenças quanto à qualidade de vida. CONCLUSÕES: Os custos totais foram mais altos no grupo de pacientes tratados com DOACs que no grupo da varfarina. No entanto, uma redução de cerca de 40% no preço dos DOACs tornaria viável a incorporação desses medicamentos no sistema de saúde público brasileiro.