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Relação da Função Pulmonar e da Força Inspiratória com Capacidade Aeróbica e com Prognóstico na Insuficiência Cardíaca

FUNDAMENTO: A espirometria é subutilizada na insuficiência cardíaca (IC) e não está claro o grau de associação de cada defeito com a capacidade de exercício e com o prognóstico desses pacientes. OBJETIVO: Determinar a relação da %CVF prevista (ppCVF) e do VEF(1)/CVF contínuos com: 1) pressão inspira...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Ramalho, Sergio Henrique Rodolpho, de Lima, Alexandra Correa Gervazoni Balbuena, da Silva, Fabiola Maria Ferreira, de Souza, Fausto Stauffer Junqueira, Cahalin, Lawrence Patrick, Cipriano, Graziella França Bernardelli, Cipriano, Gerson
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC 2022
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9006999/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35137780
http://dx.doi.org/10.36660/abc.20201130
Descripción
Sumario:FUNDAMENTO: A espirometria é subutilizada na insuficiência cardíaca (IC) e não está claro o grau de associação de cada defeito com a capacidade de exercício e com o prognóstico desses pacientes. OBJETIVO: Determinar a relação da %CVF prevista (ppCVF) e do VEF(1)/CVF contínuos com: 1) pressão inspiratória máxima (PImáx), fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) e desempenho ao exercício; e 2) prognóstico, para o desfecho composto de morte cardiovascular, transplante cardíaco ou implante de dispositivo de assistência ventricular. MÉTODOS: Coorte de 111 participantes com IC (estágios AHA C/D) sem pneumopatia; foram submetidos a espirometria, manovacuometria e teste cardiopulmonar máximo. As magnitudes de associação foram verificadas por regressões lineares e de Cox (HR; IC 95%), ajustadas para idade/sexo, e p <0,05 foi considerado significativo. RESULTADOS: Com idade média 57±12 anos, 60% eram homens, 64% em NYHAIII. A cada aumento de 10% no VEF(1)/CVF [β 7% (IC 95%: 3-10)] e no ppCVF [4% (2-6)], foi associado à reserva ventilatória (VRes); no entanto, apenas o ppCVF associado à PImáx [3,8cmH(2)O (0,3-7,3)], à fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) [2,1% (0,5-3,8)] e ao VO(2) pico [0,5mL/kg/min (0,1-1,0)], considerando idade/sexo. Em 2,2 anos (média), ocorreram 22 eventos; tanto FEV1/FVC (HR 1,44; IC 95%: 0,97-2,13) quanto ppCVF (HR 1,13; 0,89-1,43) não foram associados ao desfecho. Apenas no subgrupo FEVE ≤50% (n=87, 20 eventos), VEF(1)/CVF (HR 1,50; 1,01-2,23), mas não ppCVF, foi associado a risco. CONCLUSÃO: Na IC crônica, ppCVF reduzido associou-se a menor PImáx, FEVE, VRes e VO(2) pico, mas não distinguiu pior prognóstico em 2,2 anos de acompanhamento. Entretanto, VEF(1)/CVF associou-se apenas com VRes, e, em participantes com FEVE ≤50%, o VEF(1)/CVF reduzido mostrou pior prognóstico proporcional. Portanto, VEF(1)/CVF e ppFVC contribuem para melhor fenotipagem de pacientes com IC.