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ANÁLISE DA POSITIVIDADE E TÍTULOS DE NEUTRALIZAÇÃO EM PVHIV E CONTROLES NÃO VACINADOS COM IGG POSITIVO PARA SARS-COV-2

INTRODUÇÃO: Testes de neutralização têm se tornado a principal referência para avaliar proteção após exposição ao SARS-CoV-2 ou após a vacinação. Alguns estudos sugerem que pessoas que vivem com HIV (PVHIV) têm menor probabilidade de soroconversão após a vacinação para COVID-19, porém a resposta hum...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Netto, Lucas Chaves, Picone, Camila Melo, Lazari, Carolina dos Santos, Alves, Ana Paula P.S., Parmejani, Patricia da Silva S., Jones, Francisco, Kallas, Esper G., Avelino-Silva, Vivian Iida
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2022
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9460990/
http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2022.102497
Descripción
Sumario:INTRODUÇÃO: Testes de neutralização têm se tornado a principal referência para avaliar proteção após exposição ao SARS-CoV-2 ou após a vacinação. Alguns estudos sugerem que pessoas que vivem com HIV (PVHIV) têm menor probabilidade de soroconversão após a vacinação para COVID-19, porém a resposta humoral após infecção natural é pouco conhecida. OBJETIVO: Avaliar a positividade e títulos de anticorpos neutralizantes em PVHIV e controles com IgG positivo identificados no Estudo Prevent, realizado antes da implementação das vacinas para COVID-19 no Brasil. MÉTODO: O Estudo Prevent incluiu PVHIV sob tratamento ARV e contactantes próximos sem diagnóstico de infecção por HIV acompanhados por 120 dias com avaliação clínica semanal e avaliação sorológica (IgM/IgG) ao início (TS1) e final (TS2) do seguimento, entre abril/2020 e janeiro/2021. Todas as amostras com IgG reagente (+) foram submetidas a um teste correlato de anticorpos neutralizantes (TCAN). RESULTADOS: Um total de 74 amostras tiveram IgG reagente; entre PVHIV, 9 tiveram TS1+ e TS2 não reagente (NR); 14 tiveram TS1+ e TS2+; e 18 tiveram TS1 NR e TS2+. No grupo controle, 6 tiveram TS1+/TS2 NR; 5 tiveram TS1+ e TS2+ e apenas 2 tiveram TS1 NR e TS2+. Quanto à avaliação do TCAN, houve positividade em 39/56 (69%; IC95% 56-81) amostras de PVHIV, e em 14/18 (78%; IC95% 52-94) amostras de controles. 21 amostras foram positivas no TS e negativas no TCAN (17 PVHIV e 4 controles) além de 1 amostra TNeutrAc indeterminada após TS positivo (PVHIV). Embora as medianas de porcentagens de neutralização tenham sido mais altas entre controles em relação a PVHIV tanto nas amostras iniciais quanto ao término do estudo, essa diferença não atingiu significância estatística. CONCLUSÃO: Testes de neutralização para SARS-CoV-2 ainda possuem aplicabilidade e interpretação controversos. Entretanto, até o momento consistem na metodologia mais aceita para avaliar níveis de proteção contra o vírus. Nossos resultados sugerem tendência a resposta neutralizante inferior entre PVHIV comparadas com controles.