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AGENTES ETIOLÓGICOS DE MENINGOENCEFALITE CIRCULANTES DURANTE O PERÍODO DE PANDEMIA DA COVID-19

INTRODUÇÃO: A pandemia pelo novo coronavírus trouxe mudanças no comportamento da população. O impacto do efeito do uso de máscaras, do distanciamento social e das mudanças de comportamento da população sobre a circulação dos agentes etiológicos das meningites é desconhecido. OBJETIVO: Descrever os a...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Farias, Luis Arthur Brasil G., Sousa, Marcos Maciel, Cavalcante, Karene Ferreira, Stolp, Angela Maria Veras, Mesquita, Jacó R.L., Oliveira, Maura Salaroli, Costa, Silvia Figueiredo, Coelho, Tania Mara Silva, Girão, Evelyne Santana, Neto, Lauro Vieira Perdigão
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2022
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9461038/
http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2022.102553
Descripción
Sumario:INTRODUÇÃO: A pandemia pelo novo coronavírus trouxe mudanças no comportamento da população. O impacto do efeito do uso de máscaras, do distanciamento social e das mudanças de comportamento da população sobre a circulação dos agentes etiológicos das meningites é desconhecido. OBJETIVO: Descrever os agentes etiológicos em pacientes com meningite da comunidade durante o período de pandemia pelo COVID-19. MÉTODO: Estudo de coorte retrospectiva, de janeiro de 2019 a dezembro de 2021, composta por pacientes com suspeita de meningite, em hospital terciário de ensino, conveniado ao SUS, em Fortaleza, Ceará. A identificação do microrganismo foi por cultura para germes piogênicos, micobactérias, fungos, sorologia e RT-PCR para arbovírus, RT-PCR para SARS-CoV-2, FilmArrayR Meningitis/Encephalitis Panel (Biomérieux) e GeneXpert MTB/RIF (Cepheid). RESULTADOS: Foram atendidos no hospital 721 casos suspeitos de meningite durante o período, e analisados 201 pacientes (28% do total). Em 143 (68%) houve confirmação de meningite. Cultura para germes piogênicos foi realizada em 92 (64%) pacientes, e os microrganismos encontrados foram: Cryptococcus sp. (n = 3; 3%), S. pneumoniae (n = 3; 3%), S. aureus (n = 1; 1%), S. suis sorotipo I (n = 1; 1%), S. agalactiae (n = 1; 1%), N. meningitidis grupo C (n = 1; 1%), K. pneumoniae (n = 1; 1%), L. monocytogenes (n = 1; 1%) e Corynebacterium jeikeium (n = 1; 1%). A cultura para fungos (Cryptococcus) foi positiva em 10 pacientes. A cultura para micobactérias foi realizada em 34 (24%) pacientes, com 2 (6%) positivas. O PCR Multiplex foi realizado em 105 (73%) pacientes, com identificação de S. pneumoniae (n = 16; 15%), N. meningitidis (n = 13; 12%), Vírus Varicela-Zoster (n = 8; 8%), Cryptococcus sp. (n = 7; 7%), Citomegalovírus (n = 6; 6%), Enterovírus (n = -5; 5%), HSV-1 (n = 3; 3%), HSV-2 (n = 2; 2%), S. agalactiae (n = 2; 2%), Haemophilus influenzae (n = 1; 1%), Herpesvírus 6 (n = 1; 1%) e Listeria monocytogenes (n = 1; 1%). Houve coinfecção em 3 pacientes. O RT-PCR para M. tuberculosis (MTB) foi realizado em 51 (36%) pacientes, com detecção em 13 pacientes (25%). No período estudado, houve dois casos de meningite por SARS-CoV-2 (2%). CONCLUSÃO: Identificaram-se uma ampla variedade de agentes etiológicos em circulação durante a pandemia. Apesar de S. pneumoniae e N. meningitidis terem sido os agentes mais frequentes, destacou-se a variedade de vírus. Foi relevante o incremento no diagnóstico das meningites pelos métodos moleculares em comparação com as culturas. Casos de meningoencefalite por COVID-19 foram identificados.