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MENINGITE-1970/ COVID-2019. A HISTÓRIA REPETIDA
INTRODUÇÃO: Entre 1971 e 1975 o Brasil viveu a maior epidemia urbana conhecida de Doença Meningocócica, cujo epicentro foi o município de São Paulo, com dezenas de milhares de casos e com letalidade muito elevada conforme a infraestrutura de saúde local. Ocorreu uma superposição de duas epidemias de...
Autores principales: | , |
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Formato: | Online Artículo Texto |
Lenguaje: | English |
Publicado: |
Published by Elsevier Editora Ltda.
2022
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9461042/ http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2022.102443 |
Sumario: | INTRODUÇÃO: Entre 1971 e 1975 o Brasil viveu a maior epidemia urbana conhecida de Doença Meningocócica, cujo epicentro foi o município de São Paulo, com dezenas de milhares de casos e com letalidade muito elevada conforme a infraestrutura de saúde local. Ocorreu uma superposição de duas epidemias de N.meningitidis, pelos sorogrupos C e A. Faz-se uma análise comparativa com a atual epidemia de Covid-19, em vários pontos semelhantes nas medidas de controle sanitário entre elas. OBJETIVO: Apresentar o testemunho dos autores sobre a semelhança entre as medidas de controle sanitário e epidemiológico entre as duas epidemias. RESULTADOS: Houve muita semelhança entre as duas epidemias com relação às medidas de controle. Em ambas houve posturas negacionistas nos seus enfrentamentos pelos gestores de saúde. Na dos anos 70, os então governos ditatoriais impuseram total censura à imprensa visando controle social para não prejudicar um momento de relativo sucesso econômico. Nos anos 2020-2022, a epidemia de Covid-19 em pleno regime democrático, teve a mesma postura tática negacionista, utilizando forte campanha de falsos conceitos pela rede social, e manifestações do poder central, minimizando a dimensão da epidemia, do uso de máscaras e de aglomerações, contrariando a opinião de especialistas acadêmicos e de organismos internacionais e/ou desprezando ensinamentos dos países asiáticos habituados com epidemias respiratórias. Em ambas as epidemias houve falta de insumos e treinamentos assistenciais no seu início e atraso na aquisição de vacinas. A vacina anti-A, já então produzida pelo NIH, e a anti-C, já produzida pelo Instituto Mèrrieu, somente foram adquiridas após forte pressão social no ano de 1995. Na atual, as vacinas já disponíveis foram amplamente desacreditadas quanto à sua eficácia e segurança pelo governo central. Na meningocócica, procurou-se escondê-la utilizando o Hospital Emílio Ribas o quanto conseguiram, espalhando-se após a oito estados da Federação. Jamais se soube sua verdadeira dimensão. Na de Covid-19 somente um consórcio de imprensa conseguiu levantar dados epidemiológicos aproximados. CONCLUSÃO: O negacionismo ocorrido em ambas as epidemias tiveram forte semelhança nas medidas de controle sanitário, interferindo no seu controle. |
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