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MUCORMICOSE EM PACIENTES PÓS COVID-19: RELATO DE TRÊS CASOS
INTRODUÇÃO: A mucormicose é uma infecção angioinvasiva causada por fungos filamentosos ubíquos que acomete especialmente pacientes imunocomprometidos. Diabetes mellitus, neoplasias hematológicas, uso prolongado de glicocorticoides, imunossupressão por transplante de órgãos e síndrome da imunodeficiê...
Autores principales: | , , , , , , , , , |
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Formato: | Online Artículo Texto |
Lenguaje: | English |
Publicado: |
Published by Elsevier Editora Ltda.
2022
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9461072/ http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2022.102487 |
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author | Oliveira, Frederico Martins Mota, Ana Carolina de O. dos Santos, Ana Paula F.B. Sarris, Andrey Biff Russo, Tomas V.C. Rocha, Matheus D.G. Gaspar, Gilberto Gambero Feliciano, Cinara Silva Bollela, Valdes Roberto Martinez, Roberto |
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description | INTRODUÇÃO: A mucormicose é uma infecção angioinvasiva causada por fungos filamentosos ubíquos que acomete especialmente pacientes imunocomprometidos. Diabetes mellitus, neoplasias hematológicas, uso prolongado de glicocorticoides, imunossupressão por transplante de órgãos e síndrome da imunodeficiência adquirida são fatores de risco. Tal entidade ganhou especial atenção nos últimos dois anos devido ao aumento de casos em pacientes com COVID-19 tratados com corticoterapia. OBJETIVO: Relatar três casos de mucormicose em pacientes internados em hospital terciário com histórico de COVID-19 que receberam corticoterapia endovenosa em altas doses. MÉTODO: Caso 1: homem, 69 anos, diabético. Quatorze dias após alta hospitalar apresentou dor e mobilidade dentária. Imagem radiológica evidenciou abscessos em seio maxilar direito e erosões ósseas. Submetido a maxilectomia e remoção de arco zigomático e de partes moles acometidas. Biópsia com hifas compatíveis com Mucor spp. Feito dose acumulada de 8350 mg de anfotericina B lipossomal com boa evolução clínica. Caso 2: homem, 70 anos, apresentou múltiplos abscessos em calota craniana e órbita à esquerda após 20 dias do início de corticoterapia. Realizada a exenteração orbitária, ressecção de parede lateral de órbita e de múltiplos ossos da face, crânio e partes moles adjacentes. Além da biópsia compatível, houve crescimento de Mucor spp em cultura. Feito dose acumulada de anfotericina complexo lipídico de 14900 mg, com boa evolução clínica. Caso 3: homem, 44 anos, diabético, apresentou quadro de sinusite 11 dias após início da corticoterapia. Imagem radiológica mostrou extenso acometimento de ossos frontais e zigomáticos e abscessos em seios frontais e etmoidais. Submetido a maxilectomia esquerda ampliada para parede lateral de órbita e osso zigomático, palatectomia esquerda e drenagem de abscessos. Biópsia foi compatível e houve crescimento de Rhizopus spp em cultura. Feito dose acumulada de anfotericina complexo lipídico de 11600 mg, também com boa evolução. RESULTADOS: A mucormicose é uma doença rara, porém emergente e com altas taxas de mortalidade. Os casos descritos evoluíram bem clinicamente apesar da extrema gravidade e seguem com quadro estável. Pode-se atribuir como fatores determinantes a associação da abordagem cirúrgica extensa e precoce aliada ao início de terapia antifúngica. CONCLUSÃO: Assim, é necessário a suspeição diagnóstica precoce, devido ao grande benefício da terapia medicamentosa e desbridamento cirúrgico em fases iniciais da doença. |
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spelling | pubmed-94610722022-09-10 MUCORMICOSE EM PACIENTES PÓS COVID-19: RELATO DE TRÊS CASOS Oliveira, Frederico Martins Mota, Ana Carolina de O. dos Santos, Ana Paula F.B. Sarris, Andrey Biff Russo, Tomas V.C. Rocha, Matheus D.G. Gaspar, Gilberto Gambero Feliciano, Cinara Silva Bollela, Valdes Roberto Martinez, Roberto Braz J Infect Dis Área: Covid-19 INTRODUÇÃO: A mucormicose é uma infecção angioinvasiva causada por fungos filamentosos ubíquos que acomete especialmente pacientes imunocomprometidos. Diabetes mellitus, neoplasias hematológicas, uso prolongado de glicocorticoides, imunossupressão por transplante de órgãos e síndrome da imunodeficiência adquirida são fatores de risco. Tal entidade ganhou especial atenção nos últimos dois anos devido ao aumento de casos em pacientes com COVID-19 tratados com corticoterapia. OBJETIVO: Relatar três casos de mucormicose em pacientes internados em hospital terciário com histórico de COVID-19 que receberam corticoterapia endovenosa em altas doses. MÉTODO: Caso 1: homem, 69 anos, diabético. Quatorze dias após alta hospitalar apresentou dor e mobilidade dentária. Imagem radiológica evidenciou abscessos em seio maxilar direito e erosões ósseas. Submetido a maxilectomia e remoção de arco zigomático e de partes moles acometidas. Biópsia com hifas compatíveis com Mucor spp. Feito dose acumulada de 8350 mg de anfotericina B lipossomal com boa evolução clínica. Caso 2: homem, 70 anos, apresentou múltiplos abscessos em calota craniana e órbita à esquerda após 20 dias do início de corticoterapia. Realizada a exenteração orbitária, ressecção de parede lateral de órbita e de múltiplos ossos da face, crânio e partes moles adjacentes. Além da biópsia compatível, houve crescimento de Mucor spp em cultura. Feito dose acumulada de anfotericina complexo lipídico de 14900 mg, com boa evolução clínica. Caso 3: homem, 44 anos, diabético, apresentou quadro de sinusite 11 dias após início da corticoterapia. Imagem radiológica mostrou extenso acometimento de ossos frontais e zigomáticos e abscessos em seios frontais e etmoidais. Submetido a maxilectomia esquerda ampliada para parede lateral de órbita e osso zigomático, palatectomia esquerda e drenagem de abscessos. Biópsia foi compatível e houve crescimento de Rhizopus spp em cultura. Feito dose acumulada de anfotericina complexo lipídico de 11600 mg, também com boa evolução. RESULTADOS: A mucormicose é uma doença rara, porém emergente e com altas taxas de mortalidade. Os casos descritos evoluíram bem clinicamente apesar da extrema gravidade e seguem com quadro estável. Pode-se atribuir como fatores determinantes a associação da abordagem cirúrgica extensa e precoce aliada ao início de terapia antifúngica. CONCLUSÃO: Assim, é necessário a suspeição diagnóstica precoce, devido ao grande benefício da terapia medicamentosa e desbridamento cirúrgico em fases iniciais da doença. Published by Elsevier Editora Ltda. 2022-09 2022-09-09 /pmc/articles/PMC9461072/ http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2022.102487 Text en Copyright © 2022 Published by Elsevier Editora Ltda. Since January 2020 Elsevier has created a COVID-19 resource centre with free information in English and Mandarin on the novel coronavirus COVID-19. The COVID-19 resource centre is hosted on Elsevier Connect, the company's public news and information website. Elsevier hereby grants permission to make all its COVID-19-related research that is available on the COVID-19 resource centre - including this research content - immediately available in PubMed Central and other publicly funded repositories, such as the WHO COVID database with rights for unrestricted research re-use and analyses in any form or by any means with acknowledgement of the original source. These permissions are granted for free by Elsevier for as long as the COVID-19 resource centre remains active. |
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