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GRAVE TROMBOCITOPENIA IMUNOLÓGICA SECUNDÁRIA À VACINA ANTI-COVID-19 ‒ PFIZER

INTRODUÇÃO: Casos de trombocitopenia imunológica secundária à vacinação SARS-CoV-2 com vacina da Pfizer têm sido relatadas. O alarme público foi intensificado seguindo a morte do primeiro paciente por hemorragia intracraniana ocorrida na Flórida, relatada no USA Today e The New York Times. Grupos de...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Araujo, AA, Barbosa, FM, Pizza, M, Borsato, ML, Bruniera, P, Luporini, SM
Formato: Online Artículo Texto
Lenguaje:English
Publicado: Published by Elsevier Editora Ltda. 2022
Materias:
Acceso en línea:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9703981/
http://dx.doi.org/10.1016/j.htct.2022.09.1134
Descripción
Sumario:INTRODUÇÃO: Casos de trombocitopenia imunológica secundária à vacinação SARS-CoV-2 com vacina da Pfizer têm sido relatadas. O alarme público foi intensificado seguindo a morte do primeiro paciente por hemorragia intracraniana ocorrida na Flórida, relatada no USA Today e The New York Times. Grupos de pesquisadores de centros universitários dos USA estudaram séries de casos com baixas contagens de plaquetas duas semanas após vacinação SARS-CoV e desenvolvendo trombocitopenia imunológica. RELATO DE CASO: Masc, 15 anos. Entrada PSI ‒ HMIMJ em 09.2021 por sufusões hemorrágicas em pele e mucosas (sangramento nasal volumoso e hematúria macroscópica) de instalação abrupta, plaquetas 2.000 μL. primeira dose da vacina anti-COVID-19 (Pfizer) 14 dias antes. Na UTI, recebeu gamaglobulina humana, metilprednisolona por 3 dias, sem resposta. Necessitou 58 unidades plaquetas e 4 unidades CH. Mielograma – 09.2021 – S. megacariocítica – normoplásica com morfologia e maturação preservadas. Sorologia e teste COVID-19 negativos, funções hepática e renal normais, avaliação pela reumatologia, sem anormalidades. Obtido Eltrombopag (farmácia alto custo) iniciada dose 50 mg por 3 semanas aumentando para 75 mg. Mielograma (11.2021) S. megacariocítica hiperplásica, morfologia e maturação preservadas. Mantida medicação por várias semanas. Melhora no sangramento nasal embora plaquetas ≤10.000 μL. Após 50 dias na UTI foi para enfermaria e após 2 semanas alta e seguimento ambulatorial na Hematologia-ped da Santa Casa de São Paulo. Mantendo plaquetas ao redor de 8.000 μL, sem sangramentos ativos, Recebeu Vincristina 1 mg EV semanal por 4 semanas, sem sucesso. Após 10 semanas de Eltrombopag a medicação foi suspensa, iniciada Azatioprina 1.5 mg/kg/dia ‒ por 4 meses. No terceiro mês da medicação plaquetas 61.000 μL, uma semana após 212.000 e, a partir desta data contagens normais. Completou 4 meses de azatioprina em abril 2022. Resposta da Notificação de Evento Adverso à vacina PFIZER – Resposta: B1 – reação temporal consistente, mas sem evidências na literatura para se estabelecer uma relação causal. Conduta: contraindicação sem substituição do esquema. DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: Paciente com grave trombocitopenia imunológica iniciada após 14 dias da vacina anti-COVID-19 da Pfizer. Refratariedade para gamaglobulina humana, corticoterapia. No início e no curso de Eltrombopag contagens <10.000 μL, mas sem sangramentos ativos. Resposta após 6 meses do início do quadro com azatioprina. Avaliados casos relatados de pacientes com trombocitopenia seguindo vacinação identificados pelo Vaccine Adverse Events Reporting Systems (VAERS). Concluíram que é possível que a vacina da Pfizer tenha potencial de “gatilho” para trombocitopenia imunológica de novo, embora raramente. Taxa relatada de trombocitopenia foi de 0,8 milhão doses Vacina Pfizer. Incidência anual trombocitopenia imunológica é de 3.3 milhões para cada 100.000 adultos com trombocitopenia. Assim, casos de trombocitopenia relatado ao VAERS não sugerem necessidade de preocupação com a segurança da vacina. Estudos adicionais são necessários para determinar quadros de trombocitopenia imunológica pós-vacinal coincidentes ou causais.