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Diferenças entre os Sexos no Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST – Análise Retrospectiva de um Único Centro
FUNDAMENTO: Embora os resultados em pacientes com infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) submetidos a intervenções coronárias percutâneas (ICP) primárias tenham melhorado, as mulheres apresentam maior mortalidade. Objetivos: Avaliar as diferenças de gênero na apresenta...
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Formato: | Online Artículo Texto |
Lenguaje: | English |
Publicado: |
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
2022
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9833215/ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36629597 http://dx.doi.org/10.36660/abc.20211040 |
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author | Oliveira, Cátia Costa Vilela, Filipe Braga, Carlos Costa, João Marques, Jorge |
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description | FUNDAMENTO: Embora os resultados em pacientes com infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) submetidos a intervenções coronárias percutâneas (ICP) primárias tenham melhorado, as mulheres apresentam maior mortalidade. Objetivos: Avaliar as diferenças de gênero na apresentação, manejo e mortalidade hospitalar, em 30 dias, 6 meses e 1 ano após IAMCSST. MÉTODOS: Coletamos retrospectivamente dados de 809 pacientes consecutivos tratados com ICP primária e comparamos mulheres versus homens no banco de dados de cardiologia de intervenção local. O nível de significância utilizado foi p<0,05. RESULTADOS: As mulheres eram mais velhas que os homens (69,1±14,6 vs. 58,5±12,7 anos; p<0,001) com maior prevalência de idade acima de 75 anos (36,7% vs. 11,7%; p<0,001), diabetes (30,6% vs. 18,5%; p=0,001), hipertensão (60,5% vs. 45,9%; p=0,001), doença renal crônica (3,4% vs. 0,6%; p= 0,010) e acidente vascular cerebral isquêmico agudo (6,8% vs. 3,0%; p=0,021). Na apresentação, as mulheres apresentavam mais sintomas atípicos, menos dor torácica (p=0,014) e estavam mais frequentemente em choque cardiogênico (p=0,011)). As mulheres tinham mais tempo até a reperfusão (p=0,001) e eram menos propensas a receber terapia médica ideal (p<0,05). A mortalidade intra-hospitalar (p=0,001), em 30 dias (p<0,001), 6 meses (p<0,001) e 1 ano (16,4% vs. p<0,001) foi maior nas mulheres. A análise multivariada identificou idade acima de 75 anos (HR=4,25; IC 95%[1,67-10,77];p=0,002), classe Killip II (HR=8,80; IC 95%[2,72-28,41];p<0,001), III (HR=5,88; IC95% [0,99-34,80]; p=0,051) e IV (HR=9,60; IC 95%[1,86-48,59];p=0,007), Lesão Renal Aguda (HR=2,47; IC 95% [1,00-6,13];p=0,051) e dias de hospitalização (HR=1,04; IC 95%[1,01-1,08];p=0,030), mas não o sexo feminino (HR=0,83; IC95% [0,33-2,10];p=0,690) como fatores prognósticos independentes de mortalidade. CONCLUSÕES: Comparadas aos homens, as mulheres com IAMCSST submetidas à ICP primária apresentam maiores taxas de mortalidade. Mulheres hospitalizadas por IAMCSST têm pior perfil de risco, são tratadas com maior tempo de reperfusão relacionado a atrasos do sistema e têm menor probabilidade de receber a terapia recomendada. O sexo feminino não foi fator prognóstico independente para mortalidade na população estudada. |
format | Online Article Text |
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institution | National Center for Biotechnology Information |
language | English |
publishDate | 2022 |
publisher | Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC |
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spelling | pubmed-98332152023-01-16 Diferenças entre os Sexos no Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST – Análise Retrospectiva de um Único Centro Oliveira, Cátia Costa Vilela, Filipe Braga, Carlos Costa, João Marques, Jorge Arq Bras Cardiol Artigo Original FUNDAMENTO: Embora os resultados em pacientes com infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) submetidos a intervenções coronárias percutâneas (ICP) primárias tenham melhorado, as mulheres apresentam maior mortalidade. Objetivos: Avaliar as diferenças de gênero na apresentação, manejo e mortalidade hospitalar, em 30 dias, 6 meses e 1 ano após IAMCSST. MÉTODOS: Coletamos retrospectivamente dados de 809 pacientes consecutivos tratados com ICP primária e comparamos mulheres versus homens no banco de dados de cardiologia de intervenção local. O nível de significância utilizado foi p<0,05. RESULTADOS: As mulheres eram mais velhas que os homens (69,1±14,6 vs. 58,5±12,7 anos; p<0,001) com maior prevalência de idade acima de 75 anos (36,7% vs. 11,7%; p<0,001), diabetes (30,6% vs. 18,5%; p=0,001), hipertensão (60,5% vs. 45,9%; p=0,001), doença renal crônica (3,4% vs. 0,6%; p= 0,010) e acidente vascular cerebral isquêmico agudo (6,8% vs. 3,0%; p=0,021). Na apresentação, as mulheres apresentavam mais sintomas atípicos, menos dor torácica (p=0,014) e estavam mais frequentemente em choque cardiogênico (p=0,011)). As mulheres tinham mais tempo até a reperfusão (p=0,001) e eram menos propensas a receber terapia médica ideal (p<0,05). A mortalidade intra-hospitalar (p=0,001), em 30 dias (p<0,001), 6 meses (p<0,001) e 1 ano (16,4% vs. p<0,001) foi maior nas mulheres. A análise multivariada identificou idade acima de 75 anos (HR=4,25; IC 95%[1,67-10,77];p=0,002), classe Killip II (HR=8,80; IC 95%[2,72-28,41];p<0,001), III (HR=5,88; IC95% [0,99-34,80]; p=0,051) e IV (HR=9,60; IC 95%[1,86-48,59];p=0,007), Lesão Renal Aguda (HR=2,47; IC 95% [1,00-6,13];p=0,051) e dias de hospitalização (HR=1,04; IC 95%[1,01-1,08];p=0,030), mas não o sexo feminino (HR=0,83; IC95% [0,33-2,10];p=0,690) como fatores prognósticos independentes de mortalidade. CONCLUSÕES: Comparadas aos homens, as mulheres com IAMCSST submetidas à ICP primária apresentam maiores taxas de mortalidade. Mulheres hospitalizadas por IAMCSST têm pior perfil de risco, são tratadas com maior tempo de reperfusão relacionado a atrasos do sistema e têm menor probabilidade de receber a terapia recomendada. O sexo feminino não foi fator prognóstico independente para mortalidade na população estudada. Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC 2022-12-20 /pmc/articles/PMC9833215/ /pubmed/36629597 http://dx.doi.org/10.36660/abc.20211040 Text en https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited. |
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